Puigdemont declara independência da Catalunha e a suspende para dialogar
Em discurso no parlamento da Catalunha, o líder catalão Carles Puigdemont declarou a independência da Espanha. Segundo Puigdemont, este é o desejo de 90% do povo catalão que votou no referendo do último dia 1º de outubro.
O líder regional frisou ainda que o resultado da votação mostra que a primeira batalha já foi ganha. Ele também citou a ditadura de Franco e pontuou que a cultura catalã foi deixada de lado ao longo da história. Por isso, a única forma de retomar as raízes é a independência.
No entanto, Puigdemont pede ao Parlamento que suspenda a declaração de “independência”, uma vez que a ideia é que aconteça mais diálogo e negociações por meio da mediação internacional.
Puigdemont afirmou não ter nada contra a Espanha, mas ressaltou que a relação é “insustentável”, após anos do que considera como agravos por parte das autoridades espanholas. Lembrou ainda que durante muito tempo exigiu um referendo estipulado como o celebrado na Escócia mas se tem encontrado com “uma negativa radical e absoluta” do Governo espanhol.
Entre os agravos, o líder regional mencionou o que considera “menosprezo” à língua e à cultura catalãs, a falta de investimentos e a decisão do Tribunal Constitucional espanhol, em 2010, de cortar o Estatut (lei fundamental na Catalunha) que tinha sido aprovado em consulta popular poucos anos antes.
Para ele a Catalunha “é um assunto europeu” e se compromete a “diminuir a tensão” gerada pelo referendo separatista do último dia 1º.
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