Líder da máfia Cosa Nostra, Messina Denaro morre aos 61 anos na Itália

Mafioso foi capturado em janeiro após 30 anos foragido da justiça italiana e tratava um câncer de pulmão; informação foi confirmada pelas autoridades da cidade de L’Aquila, onde ele estava internado

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2023 11h03
Handout / ITALIAN CARABINIERI PRESS OFFICE / AFP Messina Denaro Messina Denaro foi preso em janeiro deste ano em uma clínica médica na qual era atendido com um documento de identidade falsa

O chefe da máfia siciliana Matteo Messina Denaro morreu neste domingo, 24, aos 61 anos em um hospital na Itália. A informação foi confirmada pelas autoridades da cidade de L’Aquila. Segundo as autoridades italianas, Denaro recebia tratamento para câncer de cólon em uma penitenciária de segurança máxima, mas, com o agravamento de seu quadro de saúde, foi transferido para um hospital no mês passado. Ele havia sido preso em janeiro deste ano após passar mais de três décadas foragido. O prefeito de L’Aquila, Pierluigi Biondi, afirmou que a morte “encerra uma história de violência e sangue” e agradeceu aos funcionários da penitenciária pelo “profissionalismo e humanidade”. “Foi o epílogo de uma existência vivida sem remorsos nem arrependimentos, um capítulo doloroso na história recente da nossa nação”, disse Biondi. Messina Denaro foi um dos líderes da Cosa Nostra, máfia retratada na franquia “O Poderoso Chefão”. Ele foi condenado pelo envolvimento no assassinato do juiz Giovanni Falcone em 1992 e por atentados nas cidades de Roma, Florença e Milão em 1993. Uma de suas seis penas de prisão perpétua foi emitida pelo sequestro e assassinato do filho de 12 anos de uma testemunha do caso Falcone. O mafioso ficou 30 anos foragido, permanecendo na lista de criminosos mais procurados da Itália. Em 16 de janeiro, Denaro foi preso durante uma visita a uma clínica, onde era atendido com documento de identidade falso. No fim de semana, a imprensa italiana informou que o criminoso estava em “coma irreversível” e que a equipe médica havia interrompido a alimentação.

*Com informações da AFP

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