Líder opositor na Venezuela Leopoldo López é transferido para prisão domiciliar

  • Por EFE
  • 08/07/2017 10h21
EFE/MIGUEL GUTIERREZ Líder opositor Leopoldo López ao se entregar para a Guarda Nacional Bolivariana em fevereiro de 2014

A prisão domiciliar concedida neste sábado ao opositor Leopoldo López, preso desde 2014 e condenado a quase 14 anos de reclusão, se deveu a “problemas de saúde”, segundo informou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela.

Através da rede social Twitter, o Poder Judiciário indicou que a Sala Penal do Supremo, composta por todos os magistrados do TSJ, outorgou “prisão domiciliar a Leopoldo López por problemas de saúde”.

Posteriormente, em comunicado, o tribunal explicou que “se avocou de ofício à causa contra o cidadão Leopoldo López, em virtude que existiam sérios assinalamentos de irregularidades sobre a distribuição do expediente a um Tribunal de Execução”.

“Em virtude de informação recibida sobre a situação de saúde do dirigente político, o magistrado conferente Maikel Moreno, considerou ajustado a direito outorgar uma medida humanitária a López”, continua o texto.

O advogado espanhol Javier Cremades, que faz parte da defesa do opositor, informou à Agência Efe que o chanceler venezuelano, Samuel Moncada, visitou López na prisão na noite de sexta-feira, antes que o recluso fosse trasladado para a residência em Caracas na madrugada.

Lilian Tintori, esposa do político, divulgou no sia 23 de junho um vídeo de 26 segundos em que López grita: “Estão torturando” de dentro da prisão.

“Lilian, me estão torturando. Denunciem, denunciem. Lilian, denuncie”, grita López para Tintori, segundo é possível escutar em uma gravação feita nos arredores da prisão.

Tintori conseguiu visitar López na sexta-feira, após 32 dias nos que de acesso à prisão negado tanto a ela como aos filhos de ambos e aos advogados de defensa.

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