Líderes da União Europeia aprovam acordo para o ‘Brexit’

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2018 09h22 - Atualizado em 25/11/2018 09h35
Reprodução/Twitter Theresa May deve enfrentar resistência britânica após anúncio feito por Donald Tusk

Um acordo de 585 páginas que estabelece os termos para a saída do Reino Unido da União Europeia foi aprovado na manhã deste domingo por líderes de países do bloco. Com a decisão, o texto do Brexit será encaminhado ao parlamento britânico pela primeira-ministra, Theresa May.

Discutido por dois anos, o anúncio do divórcio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. “Os 27 membros da UE endossaram o Acordo de Retirada e a Declaração Política sobre as futuras relações entre UE e Reino Unido”, escreveu no Twitter.

A parte mais difícil começa agora. Primeiro, May enfrenta a disputa política de sua vida para conquistar apoio para o acordo no seu próprio parlamento, que deve votar a medida no começo de dezembro. O projeto tem enfrentado resistência no país.

Dezenas de companheiros de seu Partido Conservador, bem como o Partido Trabalhista, ameaçaram rejeitar o pacto. Se May perder, ela terá de correr contra o relógio para renegociar os termos – e garantir a aprovação – antes que o Reino Unido tenha de deixar o bloco, no dia 29 de março.

Como pressão, líderes da União Europeia alertam que se o acordo for rejeitado, não serão oferecidas condições melhores para a saída. Para o premiê da Holanda, Mark Rutte, o acordo foi “muito equilibrado”, sem vencedores ou perdedores, mas alertou para dificuldades em novas mudanças.

Futuro

Ainda que os termos do Brexit sejam aprovados pelos britânicos, o Reino Unido vai iniciar uma longa negociação – que talvez dure anos – para estabelecer novas relações de comércio e segurança com o bloco europeu.

Tudo isso porque, quando o país votou pela saída, decidiu por desfazer quatro décadas de decisões tomadas em conjunto para a relação com o maior parceiro comercial. Deve haver prejuízo em leis e regulamentações sobre compartilhamento de informações de criminosos e terroristas – e até mesmo de alimentos e impostos.

*Com informações do Estadão Conteudo

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