Líderes ocidentais se reúnem para debater a situação na Ucrânia; Otan anuncia mais apoio militar
Reunião contou com a participação de Zelesky que agradeceu o apoio e pediu ajuda ‘para salvar a população e nossas cidades’
No dia em que o conflito entre Rússia e Ucrânia completa um mês, representantes de governos ocidentais, a cúpula da Otan, G7 e União Europeia, se reuniram nesta quinta-feira, 24, em uma maratona de reuniões em Bruxelas para coordenar suas ações contra a Rússia, consolidar o arsenal de sanções já decretadas, evitar as tentativas de Moscou de driblar as punições e reforçar a presença da Otan no leste da Europa – Jens Stoltenberg informou na quarta-feira, 23, que estava enviando novos grupos de batalha para Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia com objetivo de reforçar suas defesas diante de uma eventual expansão da campanha militar russa no Leste Europeu.
A reunião, que tem previsão para durar o dia todo, contou com a participação, por videoconferência, do presidente ucraniano, Volodymyr Zelesky, que discursou para todos. Durante sua fala, o líder da Ucrânia pediu ajuda militar sem restrições para que o país consiga se defender do exército russo. “Para salvar a população e nossas cidades, a Ucrânia precisa de ajuda militar sem restrições. Assim como a Rússia utiliza, sem restrições, todo seu arsenal contra nós”, declarou Zelensky que também falou que há um mês o exército ucraniano está resistindo a desiguais. O presidente ucraniano também reiterou os pedidos de caças e tanques. “Vocês têm milhares de aviões de combate. Mas ainda não nos entregaram nenhum”, disse. “Eles têm pelo menos 20.000 tanques… A Ucrânia pediu 1% de todos os seus tanques! Entreguem ou vendam! Mas continuamos sem uma resposta clara”, completou.
Durante sua participação na cúpula. Zelensky acusou a Rússia de ter utilizado bombas de fósforos nos ataques que aconteceram ao país. “Esta manhã (…) duas bombas de fósforo foram utilizadas. Novamente morreram adultos e crianças”, afirmou Zelensky que pela manhã pediu ao mundo, por meio de um vídeo, que todos protestassem contra uma invasão que provocou milhares de mortes e deixou mais de 10 milhões de deslocados. O mundo deve parar a guerra”, afirmou Zelensky em inglês.
Resposta da Otan às solicitações de Zelensky
Após a fala de Zelensky na cúpula, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg fez um pronunciamento em confirmou a informação passada a quarta-feira, sobre o envio de quatro novos grupos de batalha para a Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia com objetivo de reforçar suas defesas diante de uma eventual expansão da campanha militar russa. “Zelensky agradeceu a Otan e pediu mais ajuda militar além da que já foi dada, hoje concordamos em dar mais apoio”, disse Stoltenberg que também informou que a Aliança vai aumentar a sua defesa a longo prazo para enfrentar a Rússia caso seja necessário. “Teremos mais força na parte leste e com mais alerta. Teremos mais aviões e mais integrações e defesas com mísseis”, informou. Durante sua fala, Jens Stoltenberg pediu à China que não dê apoio militar ou econômico à invasão e disse que “Pequim deveria usar sua influência para arrumar uma solução pacífica”.
*Com informações da AFP
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