Londres usa quatro aviões Tornados em “ataque bem-sucedido” na Síria

  • Por EFE
  • 14/04/2018 00h36 - Atualizado em 14/04/2018 01h08
EFE

Quatro aviões de combate Tornado, das Forças Aéreas Britânicas, participaram de um “ataque bem-sucedido” na Síria contra uma instalação de armazenamento militar do regime de Bashar al-Assad, confirmou neste sábado um porta-voz do ministério da Defesa do Reino Unido.

Os aviões britânicos foram lançados como parte da missão coordenada entre Reino Unido, Estados Unidos e França, para lançar mísseis de cruzeiro contra uma antiga base militar síria, localizada a cerca de 24 quilômetros da cidade de Homs, segundo revelou o ministério, através de um comunicado.

Os ataques desses aviões foram feitos após ter estabelecido que a antiga base síria era usada pelo regime de Assad “para armazenar precursores de armas químicas, que eram guardadas infringindo as obrigações da Síria em virtude da Convenção de Armamento Químico”.

“O uso reprovável de armas químicas em Duma – que há uma semana deixou dezenas de mortos nessa cidade – representa uma prova terrível da crueldade do regime sírio contra seu próprio povo”, afirmou hoje o ministro da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson.

“Não ficaremos parados enquanto civis inocentes, entre eles mulheres e crianças, são assassinados e obrigados a sofrer”, completou.

O ministro britânico considerou que “a comunidade internacional respondeu (ao ataque com armas químicas do regime de Assad) de maneira decidida, com o uso legal e proporcional da força militar”.

Além disso, o político conservador pediu que “permitissem que estas ações unidas enviassem uma mensagem clara ao regime sírio, ao mesmo tempo que enfatizavam em que “a utilização de armas químicas é categoricamente inaceitável” e aqueles que recorrem a isso “prestarão contas”.

Anteriormente, a primeira-ministra Theresa May, havia indicado em outra mensagem que não se achou uma “alternativa praticável ao uso da força” na Síria, diante o ataque perpetrado em Duma no ultimo final de semana.

Antes de autorizar as forças britânicas a intervir militarmente no conflito, a primeira-ministra disse que “todos os canais diplomáticos possíveis” tinham se esgotado.

Theresa May também especificou que a ação militar coordenada, cujos objetivos são as capacidades de armamento químico de Bashar al-Assad, é “limitada e direcionada” e tem a intenção de “não aumentar as tensões na região e fazer todo o possível para evitar vítimas civis”.

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