Lula fala em ‘carnificina’ e propõe moção da Celac pelo ‘fim do genocídio’ em Gaza
O discurso foi feito durante reunião da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs à Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira, 1°, uma moção da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) pelo “fim do genocídio” na Faixa de Gaza. O discurso foi feito durante reunião da cúpula da Celac, em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas. “A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante. Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU, meu companheiro António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio”, disse Lula.
O petista sugeriu a Guterres para invocar o artigo 99 da Carta da ONU, que confere ao secretário-geral o poder de chamar a atenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas para qualquer assunto que possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacional. O chefe do Planalto também pediu à China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, países permanentes do Conselho e que possuem o poder de veto das resoluções, para que deixem de lado as diferenças e “ponham fim a essa matança.”
O Japão assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança a partir desta sexta-feira e o petista fez um apelo para que o país “paute o tema com urgência” para colocar fim à “carnificina” que está acontecendo no Oriente Médio. “Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo. Eu quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, finalizou o presidente brasileiro.
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