Macabro assassinato de menina de 9 anos em suposto ritual comove a Namíbia

  • Por Agência EFE
  • 30/08/2018 07h58
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Pixabay O corpo da menina foi achado dias depois, com aparentes sintomas de ter sido fervido e com várias partes ausentes como mãos, um pé e uma coxa

O assassinato, supostamente relacionado com rituais de bruxaria, de uma menina de 9 anos cujo corpo foi encontrado desmembrado comoveu os cidadãos da Namíbia enquanto organizações sociais e políticas reivindicam maiores medidas contra este tipo de morte, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa locais.

Cheryl Avihe Ujaha tinha desaparecido no fim de semana passado, segundo denunciou sua família, na zona norte da capital do país, Windhoek.

O corpo da menina foi achado dias depois, com aparentes sintomas de ter sido fervido e com várias partes ausentes como mãos, um pé e uma coxa, segundo fontes policiais consultadas pela imprensa do país.

As primeiras hipóteses relacionam a macabra morte com rituais de bruxaria.

A primeira-ministra do país, Saara Kuugongelwa-Amadhila, esteve na quarta-feira na residência da família para apresentar suas condolências e prometeu que o Governo trabalhará mais duro para evitar este tipo de morte e proteger os membros mais vulneráveis da sociedade.

“É triste saber que a fibra moral do nosso país está tão erosionada”, afirmou a primeira-ministra, segundo informou hoje o jornal “The Namibian”.

Também esteve no local representantes da oposição como McHenry Venaani, líder do Movimento Democrático Popular (PDM, antiga Aliança Democrática Turnhalle).

“O assassinato da jovem Cheryl é particularmente atormentador porque não só foi capturada e assassinada, foi também alvo do tratamento mais desumano a um ser humano”, afirmou.

O jornal “Namibian Sun” apontou para a hipótese de rituais de bruxaria como principal motivo por trás desta morte, mas a polícia não o confirmou oficialmente.

Além disso, colheu testemunhos de ativistas locais que reivindicam ao Governo mais controle sobre os credos e curandeiros tradicionais, já que esta classe de crimes frequentemente termina sem detidos.

Por enquanto, as forças de segurança não detiveram a nenhum suposto culpado do assassinato de Ujaha.

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