Maduro critica fala de Pence na ONU e diz que vice de Trump ‘fede’

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2019 21h16 - Atualizado em 10/04/2019 21h23
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EFE "Um discurso cheio de mentiras, de lugares comuns, de falsidades, de manipulações", atacou Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, nesta quarta-feira, 10, que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, “fede”, e que fez um “papel ridículo” no discurso que fez no Conselho de Segurança da ONU. Nesta tarde, Pence disse que os Estados Unidos estão determinados a retirar o poder de Maduro e que, para isso, “todas as cartas estão na mesa”.

“Você fede, Mike Pence. Você e seu discurso!”, afirmou Maduro em transmissão obrigatória de rádio e televisão ao criticar o discurso do vice-presidente americano, que pediu hoje à ONU que reconheça o opositor Juan Guaidó como presidente da Venezuela.

Maduro disse que Pence usou termos “próprios de um candidato presidencial” em seu discurso. Segundo Maduro, o vice-presidente americano pretende chegar à “cadeira presidencial da Casa Branca”.

“Um discurso cheio de mentiras, de lugares comuns, de falsidades, de manipulações”, atacou Maduro.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu hoje por solicitação de Washington para tratar a situação da Venezuela.

Ali, o vice-presidente americano pediu ao organismo que reconheça Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela no último dia 23 de janeiro.

Pence também pediu à ONU que revogue as credenciais do embaixador do governo de Maduro e anunciou que a delegação americana está trabalhando em uma resolução com esse fim, embora a iniciativa dificilmente consiga prosperar, segundo fontes diplomáticas.

No Conselho de Segurança, a Rússia e a China – ambos com poder de veto – seguem respaldando Maduro, enquanto na Assembleia Geral – com 193 Estados-membros – Washington precisaria convencer dezenas de países que não reconheceram Guaidó.

De qualquer forma, Pence garantiu que os EUA continuarão “exercendo toda a pressão econômica e diplomática para conseguir uma transição pacífica à democracia na Venezuela”, mas voltou a reiterar que “todas as opções estão sobre a mesa” ao ser perguntado sobre uma possível ação militar.

*Com EFE

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