Maduro culpa a direita e a Colômbia por tentativa de atentado em Caracas
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, responsabilizou grupos de direita do país e do exterior e o governo da Colômbia pelo que Caracas tem chamado de tentativa de assassinato contra o mandatário.
No final da tarde deste sábado, 4, drones carregados com explosivos atacaram as redondezas do local em que em Maduro discursava. O evento era um ato oficial com as forças armadas e ocorria no centro da capital venezuelana. Duas pessoas foram presas e sete militares ficaram feridos.
“Tentaram me matar no dia de hoje (ontem)”, disse Maduro na noite de ontem, em discurso no palácio do governo.
O governo da Colômbia rechaçou a acusação de Maduro de que o presidente Juan Manuel Santos seria articulador do atentado. “Já é costume que Maduro culpe a Colômbia de qualquer tipo de situação que ocorra internamente”, afirmou a nota da chancelaria de Bogotá.
Além dos vizinhos colombianos, Maduro disse ontem à noite que alguns dos responsáveis pelo atentado estão na Flórida e afirmou que espera que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colabore no combate a “grupos terroristas que pretendem assassinar presidentes”.
“É claramente um desespero da direita por causa das medidas econômicas que estamos implantando”, disse Maduro.
Momento exacto de la rápida reacción de la guardia presidencial para proteger a Maduro con escudos
SEPA MÁS: https://t.co/fEW2oRuRh0 pic.twitter.com/QhNy9vpvir— RT en Español (@ActualidadRT) 5 de agosto de 2018
Na semana passada, o país detalhou o plano de reconversão monetária. A medida prevê a eliminação de cinco zeros do bolívar a partir de 20 de agosto e a retirada de restrições de operações cambiais. O objetivo é atacar a inflação galopante.
Apesar das acusações de Maduro, o grupo autodenominado “Soldados de Flanela” postou no Twitter uma mensagem assumindo a responsabilidade do ato. O plano, segundo a organização, era descarregar explosivos C4 contra o palco em que estava o presidente venezuelano, mas que os drones foram abatidos por soldados.
“Demonstramos que eles são vulneráveis. Não conseguimos hoje, mas é uma questão de tempo”, disse o grupo.
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