Maduro culpa TikTok e Instagram por protestos contra sua reeleição na Venezuela

Presidente venezuelano afirmou que as plataformas digitais são responsáveis pela crescente divisão e violência no país

  • Por da Redação
  • 08/08/2024 10h21 - Atualizado em 08/08/2024 11h57
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Ronald Peña R./EFE essoas observam a líder oposicionista da Venezuela, María Corina Machado, participando de uma manifestação em protesto contra os resultados oficiais das eleições presidenciais — que dão a vitória ao presidente Nicolás Maduro —, neste sábado em Caracas (Venezuela). Em cima de um caminhão, Machado chegou à manifestação em uma área do leste de Caracas, acompanhada pelos opositores Delsa Solórzano, Juan Pablo Guanipa, María Beatriz Martínez, Biagio Pilieri e Williams Dávila, todos membros de partidos que formam a maior coalizão oposicionista, Plataforma Unitaria Democrática (PUD). Até o momento, não foi confirmada a presença do candidato da coalizão, Edmundo González Urrutia. Protesto em Caracas contra a reeleição de Nicolás Maduro

Uma semana após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarar a reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, o país se vê em meio a protestos que contestam o resultado. A oposição e a comunidade internacional questionam a legitimidade da eleição, gerando um clima de tensão. Em resposta, Maduro criticou as redes sociais TikTok e Instagram, acusando-as de fomentar o ódio e o fascismo entre os cidadãos. Durante um evento em homenagem à Guarda Nacional Bolivariana, o presidente venezuelano afirmou que as plataformas digitais são responsáveis pela crescente divisão e violência no país. Curiosamente, ele mesmo conta com milhões de seguidores nessas redes, o que levanta questões sobre a sua relação com esses meios de comunicação.

A situação para os jornalistas na Venezuela se agravou, com um aumento significativo nos ataques e perseguições. Recentemente, dois profissionais da imprensa foram alvo de acusações nas redes sociais, enquanto a jornalista Dayana Krays foi detida sob a alegação de “promover o ódio”. Além disso, o acesso ao Wall Street Journal foi bloqueado após a publicação de um artigo da líder da oposição, Maria Corina Machado. Durante as manifestações, houve relatos de detenções de jornalistas, além de ameaças e assédio a esses profissionais. Um jornalista ficou ferido durante os protestos e precisou passar por uma cirurgia devido aos ferimentos. Esses incidentes evidenciam a crescente hostilidade enfrentada pela imprensa no país.

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A repressão também se estendeu a jornalistas estrangeiros, com deportações ocorrendo recentemente. Um jornalista espanhol e dois chilenos foram detidos e expulsos da Venezuela, destacando a falta de liberdade de expressão. A ONG Repórteres sem Fronteiras já havia alertado sobre a censura imposta a veículos de comunicação internacionais no país, reforçando a preocupação com a situação da liberdade de imprensa na Venezuela.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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