Maduro faz ataques a “imperador” Trump e a “vassalo” Juan Manuel Santos

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez ataques nesta quinta-feira aos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelos pedidos para que o governo do país suspenda a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Durante o encerramento da campanha para a eleição dos representantes da Constituinte, que será realizada no domingo, o líder chavista chamou Trump de “imperador” e afirmou que Santos seria um “súdito e vassalo” do presidente americano.
“E no México, o governo mais entreguista e assassino que teve o país, o de (Enrique Peña Nieto), segue fazendo referências ao imperador Donald Trump, que lhe deu a ordem de pedir à Venezuela que suspenda a Constituinte”, disse Maduro, incluindo o presidente mexicano entre seus alvos.
“O que fazemos? A quem obedecemos? Quem manda na Venezuela? Digo ao imperador Donald Trump: na Venezuela manda o povo venezuelano”, afirmou o presidente durante o ato de campanha.
“Mister Trump, go home”, completou Maduro, em inglês, mandando o presidente dos EUA voltar para casa e reafirmando que as eleições para a Constituinte serão realizadas como o previsto.
A Venezuela avança para a votação de domingo em meio a uma onda de protestos contra Maduro. As manifestações pedem que o presidente desista da Constituinte. Muitos dos atos terminaram em confrontos com as forças de segurança e deixaram 103 pessoas mortas.
A oposição e amplos setores da sociedade venezuelana acreditam que a Assembleia Constituinte é uma tentativa de Maduro de consolidar uma ditadura do país. O processo também é criticado por vários países além de EUA, Colômbia e México, entre eles o Brasil.
Mais de 4.500 pessoas foram presas desde o início dos protestos contra Maduro em 1º de abril e centenas ficaram feridas.
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