Maduro promete Constituinte na Venezuela e procuradora quer investigação

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/08/2017 09h21
CAR003. CARACAS (VENEZUELA), 23/03/2017.- Fotografía cedida por el Palacio de Miraflores del presidente de Venezuela, Nicolás Maduro (c), durante su intervención en la "Expo Venezuela Potencia 2017" hoy, jueves 23 de marzo de 2017, en la ciudad de Caracas (Venezuela). Maduro dijo hoy que su Gobierno buscará consensos con los empresarios para recuperar la economía nacional, luego de que el país caribeño entró en una severa crisis desde 2014 a partir de la caída en los precios del crudo, su principal fuente de financiación. "Se acabó el rentismo petrolero (...) quiero consenso y diálogo dinámico entre empresarios", afirmó Maduro durante la instalación de la "Expo Venezuela Potencia 2017", una muestra del trabajo que adelantan 400 compañías en el país, organizada por el Ejecutivo. EFE/PALACIO DE MIRAFLORES/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS EFE/PALACIO DE MIRAFLORES A oposição venezuelana não reconhece a votação de domingo e diz que houve fraudes

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a Assembleia Constituinte, inicialmente prevista para esta quinta-feira, deve ser instalada na sexta-feira, às 11h (hora local). Segundo ele, o evento foi adiado em um dia para que se “organize em paz”. Já a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, disse que abrirá uma investigação penal ante denúncias de que houve fraude na contagem da votação realizada domingo para a Constituinte.

O governo pretende instalar a Assembleia Constituinte na sede do Legislativo, onde funciona atualmente a Assembleia Nacional, dominada pelos oposicionistas. A oposição venezuelana não reconhece a votação de domingo e diz que houve fraudes e que muitos funcionários públicos e beneficiários de programas sociais foram coagidos a votar. Além disso, contesta o fato de que uma parcela dos eleitos veio de representações profissionais e outras, o que segundo os oposicionistas distorceu de saída o resultado em prol dos chavistas. “O resultado que se anunciou foi enganoso”, afirmou o presidente do Congresso, Julio Borges, na quarta-feira, após denunciar a “fraude”.

Maduro disse que entre as primeiras tarefas da Assembleia Constituinte estarão “tomar o mando” da procuradoria e revisar a imunidade dos deputados. Também contestou as declarações do comando da empresa Smartmatic, segundo as quais houve uma discrepância nos números de eleitores que participaram do processo eleitoral. A Smartmatic presta serviços no processo eleitoral da Venezuela desde 2004.

Em entrevista à rede CNN, a procuradora-geral pediu que seja feita uma apuração sobre o processo eleitoral, com a presença de especialistas nacionais e internacionais. Segundo Ortega Díaz, é possível que nem 15% dos eleitores registrados tenham participado do processo eleitoral no domingo no país. Mais de 20 países, entre eles Estados Unidos, não reconheceram o processo eleitoral.

O presidente anunciou ainda na quarta-feira a designação de Jorge Arreaza como novo ministro das Relações Exteriores, no lugar do historiador Samuel Moncada, que ficou apenas 41 dias no posto.

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