Mais de 100 mil venezuelanos solicitaram asilo no exterior, segundo Acnur

  • Por Agência EFE
  • 15/02/2018 13h41 - Atualizado em 15/02/2018 13h42
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EFE/Juan Pablo Cohen/La Opinión A situação de desabastecimento que vive a Venezuela nos últimos anos provocou um novo fenômeno no país, o do deslocamento forçado, segundo o Acnur

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) destacou nesta quinta-feira o crescimento das solicitações de asilo de cidadãos venezuelanos no exterior, que já superam as 100.000 petições.

A situação de desabastecimento que vive a Venezuela nos últimos anos provocou um novo fenômeno no país, o do deslocamento forçado, segundo o Acnur. E a esses 100.000 solicitantes de asilo, é preciso somar 130.000 pessoas que optam por outras alternativas migratórias.

Durante uma conferência sobre o Pacto Global dos Migrantes realizada hoje em Madri, o representante do Acnur para América Central, Cuba e México, José Samaniego, reconheceu que o número de solicitantes de asilo venezuelanos “aumentou em toda a região” americana.

“Panamá, México e Costa Rica recebem números crescentes de solicitantes venezuelanos, que chegaram nos últimos anos”, relatou.

Em sua opinião, “a falta de medicamentos e de alimentos”, bem como o problema para receber as aposentadorias e a “polarização do país”, levou “muita gente a sair”, unidos “à violência e à criminalidade”.

“Há mais de 100.000 solicitantes de asilo, fundamentalmente nos Estados Unidos, nos países vizinhos – da Venezuela – e na Europa, principalmente na Espanha”, detalhou.

Segundo disse, estes representam apenas uma parte porque, no caso da América do Sul, “muitos não solicitam asilo, já que há “outras ferramentas migratórias”.

“O visto do Mercosul permite ter residência em outros países”, citou o representante do Acnur como exemplo, antes de revelar que pelo menos 130.000 pessoas optaram por alternativas à petição de asilo.

Samaniego salientou que este fenômeno migratório delineia uma situação nova no continente americano, onde “antes não havia solicitações de venezuelanos”, e pediu que os países tratem esta situação com atenção e “com mais informação”.

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