Manifestantes em Hong Kong pisoteiam bandeira da China e vandalizam metrô

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2019 10h56
EFE Protestos em Hong Kong chegam ao 16º final de semana seguido

No 16º final de semana seguido de protestos em Hong Kong, manifestantes pisotearam uma bandeira da China e depredaram uma estação de metrô neste domingo (22). A manifestação começou pacificamente, com a população concentrada em um shopping no distrito de Shatin.

Pouco após o início do protesto, alguns manifestantes pisotearam a bandeira da China e em seguida a jogaram em uma caçamba de lixo do lado de fora do shopping, que depois foi empurrada para dentro de um rio próximo.

Mais tarde, um grupo seguiu para a estação de metrô de Nhatis, que é ligada ao shopping. Eles quebraram câmeras de vigilância do local e usaram martelos para quebrar os sensores que liberam a entrada de passageiros, além de pichar e quebrar as telas das máquinas automáticas que vendem passagens, usando guarda-chuvas para proteger suas identidades.

A polícia chegou ao local logo após a ação dos manifestantes e fechou a estação, bloqueando a entrada com uma grade de metal.

Em resposta, os manifestantes levantaram uma barricada na rua próxima ao shopping e a incendiaram. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo enquanto tentava avançar contra o grupo de manifestantes, que recuaram se abrigando atrás de um paredão formado por guarda-chuvas.

Os protestos pró-democracia em Hong Kong entram no quarto mês e começaram com a oposição a um projeto de lei de extradição. Na noite de sábado (21), a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que arremessavam coquetéis Molotov.

Em coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (17), Carrie Lam, chefe do executivo do país, afirmou que vai iniciar um amplo diálogo público a partir da próxima semana. Ela declarou que “pessoas de todas as classes sociais” terão liberdade para participar.

Lam também reiterou sua condenação da violência praticada por alguns manifestantes ao longo dos protestos nas ruas de Hong Kong. Para Lam, o uso da violência para expressar opiniões pode dividir ainda mais a sociedade chinesa.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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