Manifestantes pró-Guaidó tentam dialogar com militares na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 04/05/2019 16h36
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EFE População tenta incitar os oficiais a um levante contra o regime

Os protestos realizados pela oposição na Venezuela neste sábado (4) foram menos numerosos que aqueles organizados durante a semana no país. Mesmo assim, alguns participantes aproveitaram a oportunidade para tentar dialogar com militares que ainda defendem a ditadura de Nicolás Maduro.

Em Caracas, estiveram presentes cerca de 100 pessoas. Como foi pedido pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, elas compareceram aos quartéis para tentar incitar os oficiais a um levante contra o regime.

Um grupo mais numeroso seguiu para o posto militar da residência presidencial de La Casona, que há anos não é ocupada por nenhum governante. Os manifestantes, a maioria idosos, foram barrados e tentaram entregar aos policiais o documento da lei de anistia aprovada pela Assembleia Nacional, controlada pela oposição, que garante perdão jurídico aos que se rebelam contra Maduro.

“Vim porque é preciso lutar pela liberdade. Neste país, a cada dia vamos de mal em pior, não temos comida, não temos remédios, não temos nenhum benefício que o governo deveria proporcionar”, comentou Martín Mora, um dos manifestantes.

Após uma breve espera, o grupo se reuniu com a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar). O comandante da unidade da GNB recebeu o documento e em seguida o queimou. A atitude decepcionou os presentes.

Em frente ao Comando das Forças Armadas no centro de Caracas, a convocação de Guaidó teve uma resposta ainda menor. No local, um porta-voz dos manifestantes leu o documento com o auxílio de um megafone fora do cordão de isolamento policial. Lá estava Rogelio Díaz, vereador de Caracas e dirigente nacional do partido Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (Copei). Ele explicou que a expectativa era fazer com que os militares os escutassem e “se colocassem do lado do povo”.

“O que estamos pedindo é que garantam o respeito à Constituição, que entendam que hoje mais de 80% ou 90% do povo da Venezuela estão pedindo uma mudança. Uma mudança democrática, uma mudança para não ser um país onde as crianças morrem por falta de remédios ou comida”, argumentou.

*Com EFE

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