María Corina diz que é ‘falta de respeito’ propor nova eleição na Venezuela

Líder da oposição relembrou que depois das eleições, a ditadura do presidente venezuelano apertou a perseguição aos opositores, com mais de 1300 pessoas presas

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2024 18h00 - Atualizado em 15/08/2024 18h01
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EFE/Ronald Peña R. A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, vota neste domingo, em um centro de votação em Caracas A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, durante votação neste domingo (28) em Caracas

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, rejeitou nesta quinta-feira (15) a ideia de novas eleições no país que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a repetir hoje. “Eu pergunto a vocês. Se não agradar o resultado de uma segunda eleição, vamos por uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Vocês aceitariam isso em seu país?”, disse durante coletiva de imprensa. “Propor isso é desconhecer o que aconteceu em 28 de julho, é um desrespeitos aos venezuelanos”, completou. “Vocês aceitariam que seus governos chamassem novas eleições se este não concordasse com os resultados?”, insistiu. Nesta quinta, o presidente Lula declarou que ainda não reconhece Nicolás Maduro como presidente reeleito na Venezuela e mencionou publicamente pela primeira vez a ideia de novas eleições no país vizinho. “Se Maduro tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições”, declarou

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María Corina relembrou que depois do domingo de eleições, a ditadura de Maduro apertou a perseguição aos opositores, com mais de 1300 pessoas presas, além de relatos de gente desaparecida, ferida e mais de 20 mortos. Ela também rejeitou a ideia de um governo de coalizão entre a oposição e o chavismo. A líder ressaltou que a oposição defende uma transição democrática com garantias e salvaguardas para as partes envolvidas. “Há uma saída política cumprindo as regras”, afirmou. “Não é um esquema de compartilhar o poder”.

A líder da oposição, por outro lado, afirmou que a melhor opção de Maduro “é aceitar os termos de uma transição democrática”. A ideia de aventar a possibilidade de uma nova eleição na Venezuela tem sido plantada por aliados do regime chavista, mas é vista com ceticismo pela maioria da comunidade internacional, que vê na estratégia uma armadilha que poderia ser apoiada por Brasil, Colômbia e México para dar a Maduro um respiro político

*Com informações do Estadão Conteúdos
Publicado por Sarah Américo

 

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