‘Massacre em Gaza não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo’, afirma Lula na ONU

Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral, presidente lamentou que no território palestino ‘a fome seja usada como arma de guerra’ e que o ‘deslocamento forçado seja praticado impunemente’

  • Por Victor Trovão
  • 23/09/2025 12h00 - Atualizado em 23/09/2025 13h21
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Ricardo Stuckert/PR 23.09.2025 – Abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas. Sede da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nova York (EUA) Foto: Ricardo Stuckert / PR Presidente Lula durante a abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York

Ao discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (23) o uso desproporcional e ilegal da força na Palestina. Segundo o presidente, os atentados terroristas do Hamas são “indefensáveis” sob qualquer ângulo, no entanto, “absolutamente nada justifica o genocídio em curso em Gaza“. “Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente”, completou o líder brasileiro, o primeiro a discursar na Assembleia.

O petista também criticou duramente a falta de iniciativas para encerrar o conflito, que está prestes a completar dois anos. “Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo. Em Gaza a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente. O povo palestino corre risco de desaparecer”, declarou Lula.

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Diante da onda de protestos em favor da paz no território palestino, o presidente brasileiro reiterou a defesa da solução de dois Estados. “Só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional. Esta é a solução defendida por mais de 150 membros da ONU, reafirmada ontem, aqui neste mesmo plenário, mas obstruída por um único veto”, destacou o petista.

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