May condena uso de arma química na Síria e coloca Assad e Rússia sob suspeita
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, comentou nesta segunda-feira (9) as reportagens sobre um ataque “bárbaro” com armas químicas na Síria, que teve como alvo “civis inocentes – muitos deles crianças”. Ela lembrou que o Reino Unido condena o uso de armas químicas em qualquer circunstância e pediu uma investigação sobre o episódio do sábado.
“Caso confirmado, esse é mais um exemplo da brutalidade do regime de [Bashar al-]Assad e descarado descaso com seu próprio povo e com suas obrigações legais de não usar essas armas”, afirmou May, durante entrevista coletiva na Dinamarca. “Se eles foram considerados responsáveis, o regime e seus apoiadores – incluindo a Rússia – precisam ser responsabilizados.”
May disse que, nos últimos anos, vários vetos da Rússia na Organização das Nações Unidas permitiram que essas regras fossem desrespeitadas. Moscou ainda retirou mecanismos que permitem uma investigação e responsabilização sobre ataques com armas químicas na Síria, afirmou a premiê. “Isso precisa acabar.”
A premiê disse que trabalhará de perto com seus aliados, inclusive no Conselho de Segurança da ONU, para garantir que a comunidade internacional fortaleça seu ímpeto para lidar com os responsáveis por realizar esses “ataques bárbaros”.
May ainda agradeceu o apoio do governo dinamarquês nas recentes tensões entre Londres e Moscou. O governo dela expulsou dezenas de diplomatas russos, após concluir que o regime do país teve responsabilidade por um ataque contra um ex-espião, Sergei Skripal, e sua filha, Yulia, na Inglaterra. A Rússia respondeu na mesma moeda, expulsando diplomatas britânicos. Vários países da Europa e os EUA tomaram o lado britânico no caso e também expulsaram diplomatas russos.
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