McDonald’s chega a acordo para vender suas 850 unidades na Rússia a empresário local

Rede de restaurantes fast-food sai do mercado russo devido à guerra na Ucrânia, 32 anos após se instalar no país

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2022 18h56 - Atualizado em 19/05/2022 19h00
AFP MMc donald's Rússia Empresa de fast food se juntou a outras empresas que encerram seus serviços na Rússia

O McDonald’s anunciou nesta quinta, 19, ter chegado a um acordo com o empresário Alexander Govor para que ele compre os estabelecimentos da rede de restaurantes fast-food na Rússia. Govor, que já é dono de 25 franquias do McDonald’s na Sibéria, assumirá todas as 850 que existem no país. A rede anunciou a saída do mercado russo na última segunda, 16, devido à invasão da Ucrânia, à crise humanitária e às sanções econômicas que se seguiram. Govor concordou em manter todos os 62 mil empregados nos restaurante por pelo menos dois anos em termos equivalentes e pagar os salários até o fechamento da venda. O valor da transação não foi informado. “Os negócios na Rússia já não se sustentam, nem são consistentes com os valores do McDonald’s”, afirmou a empresa em comunicado. O acordo de venda está sujeito à aprovação regulatória e deve ser fechado dentro de algumas semanas.

O McDonald’s foi uma das primeiras redes de fast-food a entrar no mercado russo em 1990, após a Guerra Fria. A loja perto da Praça Pushkin, em Moscou, foi um símbolo do desmantelamento da União Soviética, concluído no ano seguinte, e da transição da economia comunista para a capitalista. Mas, após a invasão, a marca já havia anunciado a suspensão de seus negócios na Rússia em março, embora mantendo os empregos – decisão que custou cerca de US$ 55 milhões por mês. A retirada, por sua vez, terá custos entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão. O McDonald’s, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de um dia retornar à Rússia. “É impossível prever o que o futuro reserva, mas escolho encerrar minha mensagem com o mesmo espírito que trouxe o McDonalds para a Rússia: esperança”, escreveu o CEO Chris Kempczinski na segunda-feira em uma carta aos funcionários. “Assim, não vamos terminar dizendo ‘adeus’. Em vez disso, vamos dizer como eles dizem em russo: até nos encontrarmos novamente”.

*Com informações da AFP

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