Medo da UE de ficar sem gás impede exclusão russa do sistema bancário Swift
Autoridades dos países membros dizem que bloquear um país que faz parte do sistema Swift é considerado uma arma nuclear econômica
As sanções impostas pelo ocidente contra a invasão da Rússia à Ucrânia têm dividido opiniões e já foi criticada pelo presidente ucraniano Volodymyr Zeltensky que cobrou por medidas mais eficazes. Nesta sexta-feira, 25, a porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, disse que: “a suspensão do Swift teria grandes repercussões para as empresas alemãs em suas relações com a Rússia, mas também para fazer pagamentos de entrega de energia”. Não só a Alemanha, como outros países da Europa expressaram reservas, temendo o impacto de uma decisão como essa no fornecimento de gás russo.
Na quinta-feira, 24, após a reunião que aconteceu na cúpula de Bruxelas, o primeiro-ministro da Hungria, elogiou as sanções que foram impostas e falou sobre as extensões não terem se estendido à energia, o que garante o fornecimento de gás à Hungria e aos demais Estados-membros da UE. O deputado alemão Jürgen Trittin, que também é especialista em relações internacionais, falou sobre a necessidade de tomar cuidado para não machucar mais que os outros, afirmando que bloquear um país que faz parte do sistema Swift é considerado uma arma nuclear econômica, uma vez que o impacto será grande para as relações econômicas desse país com o restante do mundo. Contudo, ao desconectar um país desse sistema, significa que o seu próprio banco faz transações com os bancos do país que foi punido.
Pela manhã, o presidente ucraniano Zelensky criticou as sanções que foram impostas até agora e na quinta-feira, 24, disse que a Ucrânia foi deixada sozinha. Ele chegou a ironizar as medidas que foram adotadas “Cancelar vistos para os russos? Exclusão (do sistema interbancário) Swift? Isolamento total da Rússia? Retirada de embaixadores? Embargo de petróleo? Hoje, tudo deve estar na mesa, porque é uma ameaça para todos nós, para toda a Europa”, acrescentou.
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