Merkel diz preferir novas eleições do que governar com minoria na Alemanha

  • Por EFE
  • 21/11/2017 09h08
EFE EFE Merkel disse optar pelas novas eleições em diferentes entrevistas à imprensa local

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira que é melhor realizar novas eleições no país do que formar um governo de minoria, ressaltando que está disposta a liderar a União Democrata-Cristã (CDU) em um novo pleito.

Após o fracasso das negociações com o Partido Liberal e com os Verdes para formar o governo ontem, Merkel disse optar pelas novas eleições em diferentes entrevistas à imprensa local.

Novas eleições seriam uma via melhor do que um governo de minoria“, disse a chanceler.

Para Merkel, a Alemanha precisa de um governo estável para enfrentar os desafios do futuro. Por isso, a chanceler afirmou que precisaria “refletir muito” antes de tentar governar sem maioria no Bundestag, o parlamento do país.

Além disso, Merkel destacou que pretende continuar como líder de seu partido, a CDU, caso haja um novo pleito.

“O presidente alemão tem agora a última decisão. Se houver novas eleições, não as temo em absoluto. Prometi na campanha eleitoral estar disponível por mais quatro anos”, afirmou Merkel.

Perguntada sobre a possibilidade de renunciar depois do fracasso das negociações para formar um novo governo, Merkel destacou que não pensou nas consequências pessoais dos últimos acontecimentos.

“A decisão do Partido Liberal de deixar as negociações não muda minha determinação de governar nos próximos quatro anos”, afirmou.

“Acreditava que estava tudo bem encaminhado”, indicou a chanceler sobre a negociação, explicando que os pontos mais complexos nos debates eram a política migratória e fiscal do país.

Merkel também lamentou que o Partido Social-Democrata (SPD), aliado da CDU no último governo, siga sem “assumir a responsabilidade” pela situação política do país.

O SPD obteve seu pior resultado eleitoral no último pleito. Parte da avaliação do partido é que a aliança com Merkel fez com que os eleitores preferissem votar em outros candidatos.

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