Mesmo após cancelamento de acordo, oposição pedirá impeachment de presidente do Paraguai

Parlamentares consideram que acordo com o Brasil prejudicaria economia do país

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2019 16h28 - Atualizado em 02/08/2019 16h47
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Antonio Cruz/Agência Brasil O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez

A oposição no parlamento paraguaio, liderada pelo Partido Liberal, apresentará um pedido formal de impeachment contra o presidente Mario Abdo Benítez na próxima segunda-feira (5), mesmo depois do polêmico acordo com o Brasil sobre a hidrelétrica de Itaipu ter sido cancelado.

O presidente do PL, Efraín Alegre, disse nesta sexta (2) que considera possível conseguir uma maioria de dois terços na Câmara dos Deputados (53 de 80 parlamentares) para aprovar a acusação e encaminhar o julgamento para o Senado, que atuaria como tribunal no processo.

No entanto, Alegre admitiu que, para que a proposta avance, “será necessário ter um entendimento amplo de que é preciso trabalhar” para comprometer os grupos minoritários da oposição.

O PL e a Frente Guasú (esquerda) anunciaram na última quarta-feira que promoveriam formalmente o impeachment de Abdo Benítez e Velázquez após a crise política criada com a divulgação de um acordo energético com o Brasil, classificado como “entreguista” pela oposição.

A proposta passou a contar com o apoio do Movimento Honor Colorado, ala do Partido Colorado ligada ao ex-presidente Horacio Cartes, que está em conflito com a ala simpatizante de Abdo Benítez.

No entanto, nesta sexta-feira, quando tudo indicava que o pedido de impeachment seria protocolado, o Honor Colorado retirou seu apoio.

Alegre explicou que o plano dos liberais era entrar com o pedido nesta sexta-feira ou na próxima segunda-feira, mas que o processo foi acelerado por pressões do Honor Colorado, que depois voltou atrás.

Com Agência EFE

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