Monsanto é condenada a pagar dois bilhões de dólares a casal com câncer
A Monsanto, adquirida pela alemã Bayer em 2018, foi condenada na última segunda-feira, 13, a pagar 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 8,2 bilhões) a um casal que teria contraído câncer por utilizar o herbicida Roundup. A decisão da Justiça considerou que a marca não alertou adequadamente sobre os perigos do produto, motivo que impulsionou mais de 13 mil ações judiciais nos Estados Unidos.
O casal tem 70 anos e foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkins. O EL País informou que a dupla usou o Roundup durante 35 anos em um terreno em São Francisco, onde aplicava o produto para a conservação do solo e das plantas.
O Roundup é elaborado com glifosato, substância supostamente perigosa.
A indenização a ser paga inclui 55 milhões em danos compensatórios. É possível que o valor diminua após recurso.
Ambas as vítimas estão atualmente em remissão da doença.
Houve uma batalha entre as partes que envolveu estudos científicos e especialistas. Reguladores europeus e norte-americanos dizem que não é possível provar ainda que o glifosato pode provocar câncer. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que “provavelmente” a substância é cancerígena, batalha que respaldou outros processos contra a marca.
Os advogados da Monsanto também se respaldaram nos antecedentes familiares do casal, que sofreram de câncer e doenças autoimunes.
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