Taxa de mortalidade é de 13% em pacientes com câncer que têm a Covid-19
A revista The Lancet publicou na quinta-feira (28) o primeiro relatório da iniciativa internacional do Consórcio Covid-19 e Câncer (CCC19). O estudo mostra que a taxa de mortalidade em pacientes com câncer infectados pelo coronavírus é de 13%. Os dados da pesquisa foram obtidos de 928 pacientes de Espanha, Canadá e Estados Unidos.
Os fatores específicos do câncer associados ao aumento da mortalidade incluíram ter um nível 2 ou acima na escala ECOG, que classifica como a doença afeta a vida diária do paciente. Um estágio 2 designa uma pessoa que consegue cuidar das suas necessidades, mas que é incapaz de trabalhar e possui sintomas que exigem que ela fique na cama por várias horas por dia.
Outro fator associado com o aumento da mortalidade foi ter um estado de câncer ativo, particularmente câncer progressivo, diz o comunicado. Além disso, o risco de mortalidade também aumentou com o número de comorbidades, como hipertensão ou diabetes, “particularmente com duas ou mais comorbidades”.
Um dos autores do estudo, Jeremy Warner, da Universidade de Vanderbilt, afirmou que inicialmente os dados sugerem que “a cirurgia, a quimioterapia auxiliar e a quimioterapia de manutenção podem ser mantidas durante a pandemia com extrema precaução”, não existindo ligação entre o aumento das mortes com os tratamentos para o câncer.
Enquanto os pacientes mais velhos e aqueles com comorbidades significativas têm “um risco substancialmente maior de morrer de Covid-19”, segundo a pesquisa, as “descobertas iniciais são notícias animadoras para pacientes sem condições médicas significativas que recebem sua terapia de câncer dentro de quatro semanas após a infecção”, disse Nicole Kuderer, que também é autora do estudo.
O estudo aponta ainda que a taxa de mortalidade aumenta de acordo com a idade: 6% para pacientes com câncer com menos de 65 anos de idade, de 11% para os de 65 a 74 e 25% para os com mais de 75. Os homens tiveram uma taxa de mortalidade mais alta do que as mulheres – 17% e 9%, respectivamente.
*Com informações da EFE
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