Mulher agride brasileira em ônibus no Canadá; polícia investiga xenofobia
Segundo uma repórter local, agressora disse que “pegaria a brasileira pelo cabelo e a tiraria do ônibus”
Um grupo de cinco brasileiras foi agredido por uma mulher em um ônibus em Vancouver, no Canadá, na tarde deste domingo (21). De acordo com a repórter Lauren Boothby, da rádio City News 1130, além de proferir ofensas, a agressora bateu com uma mochila no rosto de uma das jovens quando estava saindo do veículo.
O momento foi gravado e publicado nas redes sociais pela jornalista:
Here is video I took of the attack. Again this was intentional and aggressive because she told her friend she was going to attack her before she exited. 3/ pic.twitter.com/socKAb253J
— Lauren Boothby (@laurby) July 22, 2019
Boothby contou que ouviu a mulher falar para uma amiga, um pouco antes de sair do ônibus, que “pegaria a brasileira pelo cabelo e a tiraria do ônibus”. “Ela estava brava com o grupo de adolescentes porque estavam falando português. Elas estavam no Canadá, vindas do Brasil”, escreveu.
A jovem atingida pela mochila foi Alessandra Ribeiro, de 17 anos. De acordo com ela, a mulher acusou as meninas de estarem sendo “sarcásticas” e “desrespeitosas”.”Ela usou isso como uma desculpa, eu acho, para esconder que estava incomodada por estarmos falando português”, disse a brasileira. “Eu me senti humilhada e horrível”.
Segundo Boothby, o ataque “foi intencional e agressivo, já que ela disse para a amiga que as atacaria antes de deixar o ônibus”. “Quando eu entrei no ônibus, a mulher estava gritando com o grupo dizendo que elas estavam fazendo ‘comentários sarcásticos’ e estavam sendo ‘desrespeitosas’. Um homem que estava presente afirmou que ela não falava pela maioria dos canadenses”, relatou.
A repórter declarou que ajudou as jovens e informou a elas o telefone da polícia de transporte urbano. No entanto, embora já houvesse uma unidade encarregada da investigação, Alessandra afirmou que não prestará queixas, pois “está deixando o Canadá em breve e teria que voltar para participar do julgamento, o que seria uma viagem muito cara”.
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