Na data-limite do Brexit, Corbyn culpa Johnson e promete resolver divórcio em 6 meses
O líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, prometeu nesta quinta-feira (31) resolver a questão do Brexit em seis meses, negociando um “acordo sensato” com a União Europeia (UE) – que seria submetido a um referendo popular com a possibilidade de a população escolher permanecer no bloco.
Corbyn apresentou nesta quinta um manifesto visando as eleições antecipadas convocadas pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, com aval da oposição, para o dia 12 de dezembro. “Não é tão complicado, não é verdade?”, questionou.
O líder trabalhista também prometeu colocar o poder e as riquezas nas mãos da maioria e acusou Johnson de ser o único responsável por não ter conseguido tirar o Reino Unido da UE até hoje, data-limite estabelecida pelo bloco para a separação. Agora, o prazo foi estendido até 31 de janeiro de 2020. “Não se pode confiar em Johnson”, criticou Corbyn.
Durante o evento, o líder trabalhista afirmou que as eleições são a maior oportunidade da atua geração britânica de dar ao Reino Unido um verdadeiro governo de esquerda.
Em tom otimista, Corbyn prometeu confrontar alguns poucos que “dirigem um sistema corrupto”, reconstruir e renacionalizar alguns serviços públicos, tornar as universidades gratuitas e adotar outras medidas para favorecer o povo.
Corbyn também colocou em movimento uma enorme operação para organizar os cerca de 500 mil filiados do Partido Trabalhista, número que torna a legenda na maior da Europa.
Segundo fontes internas, essa campanha destinará mais recursos aos 150 distritos mais disputados do país e mais de 5 mil pessoas irão, de porta em porta, passar a mensagem trabalhista aos eleitores por oito dias. A Câmara dos Comuns tem 650 deputados.
*Com informações da EFE
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