Nasa lançará missões para estudar efeitos do Sol e lua de Saturno

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2019 19h30
NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute Equipamentos de averiguação serão lançados em 2022 e 2026, respectivamente. Estudo do astro custará cerca até US$165 milhões

A Agência Espacial Americana (Nasa) informou que está preparando duas importantes novas missões: uma para estudar melhor as características e os efeitos da ação do Sol no espaço e outra para averiguar a maior lua de Saturno, Titã.

A pesquisa sobre o Sol será feita em duas missões. A primeira investigará como o astro derrama partículas e cria um sistema dinâmico de radiação no espaço. A segunda vai estudar a reação da Terra a esse fenômeno. A Nasa planeja fazer o lançamento da missão em agosto de 2022.

Composta por quatro pequenos satélites, a Punch vai se concentrar na atmosfera que está ao redor do Sol, a “corona” e rastrear a forma como ela produz o vento solar. Ela também vai estudar erupções que saem do astro e que podem ter impacto na Terra.

Já a outra missão, a Tracers, vai observar as partículas e campos na região Norte da Terra, mais especificamente a área que está ao redor do polo Norte, onde o campo magnético do nosso planeta faz uma curva. A missão fornecerá, em tempo real, imagens tridimensionais de cada satélite.

A missão Punch é financiada por Craig DeForest, do Instituto de Pesquisa Southwest, e terá custo de até US$ 165 milhões. Já a missão Tracers, liderada por Craig Kletzing, da Universidade de Iowa, custará até US$ 115 milhões.

Lua de Saturno

A missão que investigará a lua de Saturno foi chamada de Drangonfly. A Nasa anunciou que pretende enviar um drone autônomo com quatro rotores para Titã em 2026 e pretende aterrissar em 2034 em dezenas de pontos do satélite em busca de componentes básicos para a existência de vida.

De acordo com os cientistas, além da Terra, a maior lua de Saturno é o único corpo celeste conhecido por possuir rios, lagos e mares líquidos em sua superfície, embora estes contenham hidrocarbonetos como metano e etano, e não água.

A Drangonfly pousará primeiro em campos de dunas equatoriais e explorará a região em viagens curtas, parando ao longo do caminho para coletar amostras até chegar à cratera Selk, na qual há evidência de água líquida, materiais orgânicos e energia.

“Visitar este misterioso mundo oceânico pode revolucionar o que sabemos sobre a vida no universo”, disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine. “Esta missão de vanguarda teria sido impensável há poucos anos, mas agora estamos prontos para o incrível voo da Dragonfly.”

Titã é maior que o planeta Mercúrio e é a segunda maior lua do nosso sistema solar. Ao orbitar Saturno, está a cerca de 886 milhões de quilômetros do Sol, cerca de dez vezes mais longe que a Terra. Por estar tão longe do Sol, sua temperatura superficial é de cerca de 179 graus Celsius negativos e sua pressão superficial é 50% maior do que a da Terra.

Estadão Conteúdo

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