Nélida Piñon recebe prêmio literário por conjunto da obra, em Portugal
A escritora brasileira Nélida Piñon, aos 81 anos, recebeu nesta semana o prêmio Vergílio Ferreira, entregue pela Universidade de Évora, em Portugal. Desde 1997, a instituição reconhece anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa. A premiação foca em textos narrativos e ensaios.
A escolha de Nélida foi decidida por um júri presidido pelo professor Antonio Sáez Delgado e integrado por docentes de outras faculdades e também pela crítica literária Anabela Mota Pereira. O anúncio da vencedora da edição de 2019 que leva o nome de um ficcionista português aconteceu na quinta-feira (20).
Carreira
Nascida no Rio de Janeiro em 1937, Nélida Piñon se formou em Jornalismo com 20 anos. Pouco depois, começou seu trabalho como correspondente na revista Mundo Novo e como colaboradora na publicação Cadernos Brasileiros. Seu primeiro romance, “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”, foi publicado em 1961.
A obra considerada principal na carreira da escrita é “A casa da paixão” (1977). Ao todo, ela já publicou dez romances, dois livros de memórias, quatro obras com contos e uma com crônicas, além de três ensaios. Para o público infanto-juvenil, escreveu e publicou em 1996 a história “A roda do vento”.
Imortal
Em julho de 1989, Nélida Piñon foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela é a quinta ocupante da cadeira que tem Pardal Mallet como patrono. De 1996 a 1997, a escritora de raízes galegas se tornaria a primeira mulher a ser presidente da associação fundada por Machado de Assis.
Agraciados
Desde que foi criado, o Prêmio Vergílio Ferreira já reconheceu a qualidade do trabalho de nomes como o do moçambicano Mia Couto, autor de “Terra Sonâmbula” – uma das leituras tornadas obrigatórias em diversos vestibulares de universidades públicas brasileiras.
*Com informações da EFE
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