Netanyahu recua mais uma vez e volta a dizer que Israel ocupará Gaza depois da guerra

Primeiro-ministro israelenses havia dito anteriormente que seu Exército não permaneceria na região após o conflito com o Hamas; EUA, principal aliado, suplica para que ocupação do enclave palestino não ocorra 

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2023 15h35
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Brendan Smialowski / AFP Benjamin Netanyahu Israel's Prime Minister Benjamin Netanyahu make a statement as the US President listens on before a meeting in Tel Aviv on October 18, 2023, amid the ongoing battles between Israel and the Palestinian group Hamas. US President Joe Biden landed in Tel Aviv on October 18, 2023 as Middle East anger flared after hundreds were killed when a rocket struck a hospital in war-torn Gaza, with Israel and the Palestinians quick to trade blame. (Photo by Brendan Smialowski / AFP)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mudou nesta sexta-feira, 10, a narrativa sobre a ocupação da Faixa de Gaza após a guerra com o Hamas. O premiê, que havia dito que isso não aconteceria e até mesmo o porta-voz do governo israelense explicado que sua fala teria sido mal interpretada, disse, segundo o jornal de ‘The Times of Israel’, durante uma reunião om prefeitos de cidades israelenses na fronteira de Gaza que seu Exército vai permanecer no enclave palestino depois do conflito com o Hamas e que o território não será cedido a forças estrangeiras. Esse posicionamento vem menos de 24 horas depois dele ter dito o contrário à emissora ‘Fox News’. “Não buscamos governar Gaza. Não buscamos ocupá-la, mas queremos oferecer a ela e a nós um futuro melhor”, disse. Questionado sobre seu plano para o futuro de Gaza, ele respondeu que o território empobrecido e bloqueado deve ser “desmilitarizado, desradicalizado e reconstruído”. “Teremos que encontrar um governo, um governo civil”, acrescentou, sem explicar quem poderia integrar a administração. Na ocasião, ele também disse que o primeiro-ministro também afirmou que as tropas israelenses devem permanecer preparadas para entrar novamente em Gaza e “matar os assassinos”.

O ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, também fez uma declaração condizente com a presença israelense dentro do enclave palestino. Ele indicou que as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) terão de criar uma zona tampão dentro de Gaza para evitar futuros ataques. Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, repudia essa decisão, suplica para que ela não aconteça. Eles mesmo tem sugerido uma coalizão internacional para governar Gaza. O plano envolveria instalar na região tropas de países árabes aliados para garantir a segurança no local até que o governo palestino assuma o controle. Gaza atualmente e comandada pelo Hamas. Os EUA são esperançosos quando ao controle da região por parte da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, uma espécia de governo de transição até a criação efetiva do Estado da Palestina, e que de início se mostra contra a proposta de havia declarado que não retornaria à Gaza em cima de um tanque israelense. Contudo, nesta sexta, se mostrou disposto aceitar a proposta norte-americana, declarando que está pronto para assumir a responsabilidade pelo local como parte de uma solução política abrangente para a questão palestina.

Em meio a busca por uma solução pelo controle de Gaza, pela primeira vez desde que a guerra começou, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que “é preciso fazer muito mais para proteger os civis e garantir que a assistência humanitária chegue até eles” em Gaza, e reconheceu que muitos palestinos já morreram vítimas do conflito. “Muitos palestinos foram mortos; muitos sofreram nas últimas semanas e queremos fazer todo o possível para evitar danos e maximizar a assistência que lhes chega”, disse Blinken aos jornalistas à margem do Diálogo Ministerial EUA-Índia em Nova Deli. “Mais do que pode e deve ser feito.”. Segundo o novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo Hamas, o número de mortos chegou a 11.078 pessoas. Segundo as autoridades, entre os mortos estão 4.506 crianças e 3.027 mulheres. Os atentados também deixaram 27.490 feridos.

 

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