Nicolás Maduro assina decretos para tornar Essequibo um estado venezuelano

Presidente pediu apoio da população para ‘avançar em paz’ rumo ao objetivo de ter uma ‘Venezuela completa’

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2023 23h34
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Reprodução/X/@NicolasMaduro Maduro assinou seis decretos para transformar a região de Essequibo em um estado venezuelano Maduro assinou seis decretos para transformar a região de Essequibo em um estado venezuelano

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, assinou nesta sexta-feira, 8, mais seis decretos para incorporar Essequibo e transformar o território guianense em um estado venezuelano. Através das redes sociais, o mandatário pediu apoio da população para “avançar em paz” rumo ao objetivo de ter uma “Venezuela completa”. “Assinei os decretos oficiais para o desenvolvimento e defesa do novo estado da Venezuela “Guiana Esequiba”, peço a bênção do criador e todo o apoio do povo venezuelano e da FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) para avançarmos em paz rumo ao grande objetivo: que nossa Venezuela permanece com seu mapa completo e siga seu caminho de glória e união”, escreveu Maduro, em sua conta no “X”. A região, rica em petróleo e minerais, é disputada pelos países há mais de um século. Segundo a Venezuela, 95% da população apoia a anexação da região que atualmente pertence à Guiana.

O movimento de Maduro acontece um dia depois dos Estados Unidos anunciarem exercícios militares na Guiana, fazendo com que a Venezuela encarasse o ato como uma “provocação”. Com a escalada na tensão, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizou uma reunião a portas fechada para discutir o conflito. O encontro foi solicitado pelo governo guianense, que expressou a necessidade de uma reunião urgente para abordar o assunto. O mesmo fez a Organização dos Estados Americanos (OEA), que convocou um encontro e classificou as ações venezuelanas como agressivas e ilegais. Já o Brasil, que faz fronteira com os dois países envolvidos, pede que a situação seja discutida de maneira diplomática. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a América do Sul não precisa de uma guerra. Já o ministro da Defesa, José Múcio, disse estar atento para que o Brasil não seja utilizado como “instrumento de um incidente diplomático que envolve dois vizinhos”.

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