No Líbano, Carlos Ghosn fala em ‘direitos humanos violados’ com sua prisão
O ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn fala, na manhã desta segunda-feira (8), pela primeira vez após ser preso em novembro de 2018 por violações financeiras. Ele fugiu do Japão, onde estava preso, em um jatinho particular — dentro de uma caixa de música.
Agora ele está em Beirute, no Líbano. O brasileiro nascido em Roraima também tem nacionalidade libanesa e francesa.
“Foram violados os princípios de direitos humanos. Estou aqui para limpar meu nome, houve uma heresia. Essas acusações não são verdadeiras e eu nunca deveria ter sido preso.”
Na coletiva, Ghosn lembrou que não teve contato com a família durante boa parte dos meses em que esteve preso e afirmou que “com fatos, informações e provas” todos vão descobrir a verdade.
“Como vocês podem imaginar, hoje é um dia muito importante para mim. Esperei por esse momento por mais de 400 dias — desde que fui tirado no meu trabalho brutalmente e afastado da minha família e amigos.”
O executivo lembrou a data em que foi interrogado pela Justiça japonesa em Tóquio e declarou inocência. “Passei meses sendo interrogado até 8 horas por dia sem a presença de advogados e sem entender exatamente pelo o que estava sendo acusado, sem acesso a evidências e provas.”
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