‘Nos deem 1% do que vocês têm’, pede Zelensky na cúpula da Otan
Presidente ucraniano discursou para líderes do ocidente e falou que eles precisam reconhecer o que as forças armadas ucraniana têm feito para proteger a Ucrânia
Volodymyr Zelensky participou nesta quinta-feira, 24, por videoconferência, da cúpula da Otan que acontece na cidade de Bruxelas e reúne líderes ocidentais, o G7 e a União Europeia. Durante sua participação, o presidente ucraniano pediu 1% de todos os tanques e aviões da aliança para que consiga lutar de forma justa contra a Rússia. “Há um mês o exército ucraniano está resistindo de forma desigual. Vocês têm milhares de aviões de combate. Mas ainda não nos entregaram nenhum”, disse. “Eles têm pelo menos 20.000 tanques… A Ucrânia pediu 1% de todos os seus tanques! Entreguem ou vendam! Mas continuamos sem uma resposta clara”, completou. Zelensky também pediu mais ajuda militar para “salvar a população e nossas cidades” sem restrições e falou que a Otan reconheça o que as forças ucranianas estão fazendo para proteger o país. “Por favor, nunca mais nos diga que nosso exército não atende aos padrões da OTAN. Mostramos quais padrões podemos alcançar. E mostramos o quanto podemos dar à segurança comum da Europa e do mundo”, disse.
O líder ucraniano aproveitou o momento para acusar a Rússia de ter utilizado bombas de fósforos nos ataques que aconteceram ao país. “Esta manhã (…) duas bombas de fósforo foram utilizadas. Novamente morreram adultos e crianças”, afirmou Zelensky que pela manhã pediu ao mundo, por meio de um vídeo, que todos protestassem contra uma invasão que provocou milhares de mortes e deixou mais de 10 milhões de deslocados. O mundo deve parar a guerra”, afirmou em inglês. Em resposta a solicitação de Zelensky, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também na mesma reunião, anunciou um novo apoio militar para a Ucrânia. “Concordamos em aumentar o apoio com suprimentos militares, defesas anti-tanque, anti aérea e drones que se mostraram bastante eficazes”, informou. “Vamos dar assistência contra ataques cibernéticos e proteção contra ameaças biológicas, químicas e até nucleares”, completou.
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