Nova caravana de migrantes se forma no México e parte rumo aos EUA
Cerca de 2 mil migrantes que estavam há semanas parados na cidade de Tapachula, no México, quase na fronteira com a Guatemala, partiram na madrugada deste sábado rumo ao norte do país, uma viagem que tem como destino final os Estados Unidos.
Integram a nova caravana salvadorenhos, cubanos, haitianos e alguns africanos, que não tiveram dificuldades em passar por um posto de fiscalização de Tapachula, onde estavam policiais federais, fiscais migratórios e agentes da Guarda Nacional do México, e seguir caminho rumo ao norte do país.
Não se sabe exatamente que caminho eles percorrerão, mas a hipótese mais provável é que os migrantes passem a noite em Huixtla, a cerca de 40 quilômetros de Tapachula.
O plano de alguns deles é chegar à Cidade do México para exigir do presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, facilidade na passagem para chegar até a fronteira mexicana com os Estados Unidos.
O Instituto Nacional de Migração do México (INM) anunciou na última segunda-feira a abertura em Tapachula de um escritório para a entrega de documentos migratórios.
A ideia do governo é reduzir a burocracia e permitir que os estrangeiros fiquem no país, em uma tentativa de reduzir a entrada de guatemaltecos pela fronteira.
Os migrantes estão reduzidos em Tapachula há quase dois meses e, desde então, organizaram vários processos para exigir do governo do México que os autorize a transitar pelo país para chegar até a fronteira com os Estados Unidos.
A pressão foi especialmente intensa por parte de migrantes africanos, a grande maioria procedentes de República Democrática do Congo, Angola e Camarões. Em alguns protestos, houve confronto com as forças de segurança que atuam na região.
Desde outubro de 2018, o México registrou um aumento no fluxo de migrantes que chegam pela Guatemala com o objetivo de cruzar o país até a fronteira com os Estados Unidos.
Em junho, o México firmou um acordo com os Estados Unidos e enviou agentes da recém-criada Guarda Nacional para as fronteiras norte e sul do país. Com a medida, o fluxo migratório caiu 58,7% desde então.
Com informações da EFE.
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