Nova York registra 731 mortes em 24 horas, maior número desde o início da crise

O novo balanço desta terça-feira (7) eleva para 5.489 o total de mortes causadas pelo novo coronavírus no estado, onde foram confirmados 138.836 casos

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2020 14h32 - Atualizado em 07/04/2020 14h52
EFE/EPA/JUSTIN LANE nova york Nova York foi um dos epicentros do novo coronavírus nos Estados Unidos

O estado de Nova York registrou 731 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário desde o início da crise, mas o ritmo de novas internações e admissões nas unidades de terapia intensiva continua a cair, motivo pelo qual as autoridades acreditam que o efeito da pandemia pode estar se estabilizando.

O novo balanço eleva para 5.489 o total de mortes causadas pelo novo coronavírus no estado, onde foram confirmados 138.836 casos, segundo informou nesta terça-feira (7) o governador, Andrew Cuomo.

Este recorde de mortes chega após dois dias de números estabilizados, primeiramente com uma queda na quantidade de mortes anunciada neste domingo, e depois com dados praticamente planos na segunda, ambos com menos de 600 vítimas.

“Por trás de todos estes números há um indivíduo, uma família, uma mãe, um pai, um irmão, uma irmã. Muita dor outra vez hoje”, lamentou Cuomo em entrevista coletiva diária.

O alto número de óbitos ocorre em um momento em que as autoridades começam a ver uma estabilização da pandemia em Nova York, o grande foco da crise nos Estados Unidos.

Embora as novas hospitalizações tenham voltado a aumentar nas últimas 24 horas, a média dos últimos três dias mostra uma clara redução no número, explicou o governador. Também foi notado uma considerável diminuição no número de entradas em UTIs.

De acordo com o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, esses indicadores melhoraram claramente na cidade, onde se acumula a maior parte dos casos do estado, e “algo mudou” durante os últimos dois dias.

De Blasio observou que os números, no mínimo, estão permitindo que a cidade ganhe tempo para preparar seu sistema de saúde, mas ressaltou que ainda é “muito cedo” para tirar conclusões sobre a trajetória da doença, e insistiu na necessidade de manter todas as medidas de proteção.

Cuomo, por sua vez, disse que as projeções com as quais se trabalha neste momento apontam para uma possível “estabilização” da crise, mas resta saber se ocorrerá um “platô” de casos ou se os números começarão a cair mais claramente.

Segundo o governador, as autoridades estão começando a planejar para o futuro como retomar a economia regional em coordenação com os estados vizinhos de Nova Jersey e Connecticut, e isso dependerá em grande parte da capacidade de testar para saber quem superou a doença.

Nova York é o estado mais afetado dos EUA, país que reporta o maior número de casos do novo coronavírus no mundo (quase 370 mil) e mais de 11.800 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.

*Com informações da EFE

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