Novos protestos tomam as ruas de Hong Kong neste domingo
Milhares de pessoas tomaram, neste domingo (21), as ruas de Hong Kong em mais um ato da onda de protestos que toma conta da cidade há sete semanas. Na manifestação de hoje, a população pediu por reformas que ampliem os mecanismos democráticos e pela retirada definitiva da polêmica proposta de lei de extradição, que pretendia enviar suspeitos de crimes para a China – e que foi o motivo inicial dos protestos na cidade.
Apesar das manifestações conflituosas em datas anteriores, principalmente em 12 de junho e 1° de julho, o ato deste domingo não registrou confrontos entre policiais e manifestantes. Durante a tarde, foram registrados alguns incidentes de vandalismo isolados e de pouco alcance, como o bloqueio de câmeras de segurança com tinta, o lançamento de ovos em alguns edifícios oficiais e a pichação de alguns cartazes nestes locais.
Apesar disso, as autoridades bloquearam o centro da cidade, mobilizaram cerca de 5 mil policiais e encurtaram a rota originalmente prevista para o protesto, citando preocupações de segurança.
Entenda
Os protestos iniciados no mês passado forçaram o a chefe de governo do território, Carrie Lam, a suspender o projeto de lei sobre extradições. Ela declarou como “morto” o projeto e o classificou de “fracasso total”, mas não confirmou seu descarte definitivo. Os moradores de Hong Kong também chegaram a pedir a renúncia de Lam durante os atos.
Desde então, as manifestações se transformaram em um movimento mais amplo, exigindo mais autonomia de Hong Kong em relação a Pequim. Muitos moradores locais dizem que os líderes chineses têm violado as promessas feitas quando Hong Kong foi devolvida à China pelo Reino Unido, em 1997. Sob o princípio “um país, dois sistemas”, Hong Kong manteve as amplas liberdades que não existem no continente.
Outro lado
No sábado (20), outra manifestação tomou as ruas da cidade, desta vez em apoio aos governos de Hong Kong e da China. Ao contrário dos vários protestos opositores, o de sábado obteve cobertura por parte da imprensa chinesa, e os presentes eram em sua maioria cidadãos adultos, em contraste com os jovens que clamam por mudanças a favor de uma maior democracia para a ilha.
Segundo os organizadores, cerca de 300 mil pessoas participaram do protesto de ontem.
*Com informações das Agências Brasil e EFE
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