Número de crianças e adolescentes que atravessaram o Darién sozinhas em 2024 bate recorde

De acordo com dados da Unicef, cerca de 3.800 menores cruzaram sozinhos a selva no Panamá em direção aos Estados Unidos; travessia os expõe à violência, abuso sexual, exploração e prejudica a saúde física e mental, aponta organização

  • Por da Redação
  • 06/12/2024 07h33 - Atualizado em 06/12/2024 07h37
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MARTIN BERNETTI / AFP darien Segundo o Sistema Nacional de Migração do Panamá, 61.154 crianças atravessaram a floresta nos primeiros dez meses de 2024, sem especificar se estavam acompanhadas ou não de um adulto

Mais de 3.800 crianças e adolescentes migrantes atravessaram sozinhos a selva do Darién, no Panamá, em direção aos Estados Unidos, conforme dados do Unicef. Esse número representa um recorde, superando a soma total de migrantes desacompanhados registrados em anos anteriores. Nos dez primeiros meses de 2024, o total de jovens que cruzaram a região já ultrapassou o total de 3.300 contabilizados em todo o ano anterior.

Segundo o Sistema Nacional de Migração do Panamá, 61.154 crianças atravessaram a floresta nos primeiros dez meses de 2024, sem especificar se estavam acompanhadas ou não de um adulto. O Darién se consolidou como um importante corredor migratório, com mais de 500 mil pessoas realizando essa travessia em 2023. Até o início de 2024, aproximadamente 286 mil migrantes já passaram pela região, sendo a maioria originária da Venezuela, além de um número significativo de colombianos, equatorianos, haitianos e chineses.

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Organizações internacionais têm alertado sobre as condições precárias enfrentadas por esses menores. Muitos chegam aos postos de fronteira do Panamá apresentando ferimentos, torções, picadas de insetos, doenças e sinais de desidratação. O Fundo das Nações Unidas para a Infância da Unicef manifestou sua preocupação com o aumento do número de crianças e adolescentes desacompanhados na América Latina e no Caribe. “Ao viajarem sozinhas, estão mais expostas à violência, incluindo violência sexual, abuso e exploração, o que prejudica sua saúde física, mental e bem-estar”, afirmou Anne-Claire Dufay, diretora regional da organização.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira 

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