Número de mortes por Covid-19 na França foi maior entre imigrantes; africanos foram os mais atingidos
Segundo órgão do governo francês, o aumento de mortes em março e abril chegou a 114%, em comparação ao mesmo período de 2019, entre moradores da França nascidos na África
O registro de mortes por Covid-19 na França nos meses de março e abril foi mais acentuado entre as pessoas nascidas em outros países, principalmente na África e na Ásia. Os dois meses estudados foram os mais graves da crise sanitária no país.
Em um relatório publicado nesta terça-feira (7), o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (Insee) explica que o número de mortes nesses dois meses foi globalmente 25% superior do que observado no mesmo período do ano passado (129 mil em comparação a 102,8 mil).
Enquanto o aumento em relação a 2019 foi de 22% para os nascidos na França, o crescimento foi de 48% para os originários do exterior (que representavam 15% das mortes) e com muitas diferenças dependendo do país.
O aumento foi de 54% para os nascidos nos países do Magrebe (norte da África), 114% para os do resto da África e 91% para os nascidos na Ásia.
O crescimento foi muito mais moderado para pessoas da Espanha, Itália e Portugal (26%), para pessoas do resto da Europa (27%) e para pessoas do continente americano e Oceania (25%).
Com relação às razões dessas diferenças, o Insee o vincula primeiro às condições de vida dessas pessoas, principalmente em termos de moradia, uso de transporte público e profissões que exercem. As pessoas nascidas na África estão entre as mais expostas a serem contaminadas pelo trabalho delas e por estarem entre as que viviam em casas menores e mais utilizavam transporte público.
*Com EFE
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