Coronavírus: NY atinge marca de 10 mil mortos, mas infecções estabilizam

Segundo o governador, está sendo elaborado um plano para a retomada da atividade econômica

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2020 15h36 - Atualizado em 13/04/2020 15h37
Justin Lane/EFE Contaminações, total de hospitalizações, entubações e admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está caindo lentamente

O governador de Nova York, Andrew Cuomo,afirmou nesta segunda-feira (13) que o Estado, epicentro do coronavírus nos Estados Unidos, vive um período de estabilização de contaminações, com o total de hospitalizações, entubações e admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) caindo lentamente.

O número de mortos em 24 horas também está com tendência de queda; entre domingo e esta segunda-feira foram confirmados mais 671 óbitos. Nos cinco dias anteriores, as mortes diárias variaram de 779 a 799.

Em Nova York, já são 10.056 mortos pela Covid-19 e o total de casos está em 195.031. Nos Estados Unidos como um todo, segundo a Universidade Johns Hopkins, os óbitos são 22.154, e os infectados, quase 560 mil, até às 14h desta segunda. O país é o mais atingido pela doença em todo o mundo, tanto em mortes quanto em casos confirmados.

Na contagem do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), os Estados Unidos confirmaram 29,1 mil casos de Covid-19 nas últimas 24 horas e 1.456 mortes no mesmo período. De acordo com o CDC, os Estados Unidos têm quase 22 mil mortos e 555 mil casos confirmados.

Cuomo comparou o número total de falecimentos em Nova York com as 2.753 mortes causadas pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas. Ele disse, ainda, que apesar do grande número de óbitos, já é possível controlar a propagação da doença.

O número de internações registradas nas últimas horas foi de 1.958, o menor desde 29 de março, e o de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi de 83, permanecendo abaixo de 100 internações diárias, como aconteceu nos últimos três dias.

“O pior já passou?”, perguntou o governador antes de responder: “Sim, se continuarmos avançando de maneira inteligente”, completou ele, referindo-se à necessidade de retomar a atividade econômica progressivamente.

No entanto, ele alertou que “não haverá uma epifania” e nem haverá “uma manhã com as manchetes dizendo: Aleluia, acabou!”. “Isso não vai acontecer”, assegurou.

Volta da atividade econômica

Quanto à recuperação da atividade social e econômica igual ao que era antes da propagação do vírus, Cuomo destacou a importância de manter o “equilíbrio” entre o retorno e o controle da pandemia.

“Um plano de reabertura está sendo elaborado por especialistas em economia e no sistema de saúde pública, e não por políticos”, explicou. Assim, segundo ele, o “número de infecções não será perdido de vista”. Cuomo ainda lembrou da necessidade de aumentar a capacidade da realização de testes de detecção.

O governador observou que está procurando um plano conjunto com os governadores de outros estados, como Connecticut, Rhode Island, Nova Jersey, Delaware e Pensilvânia, com o objetivo de desenvolver uma retomada das atividades de maneira coordenada.

* Com EFE

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