Andrew Cuomo: NY deve ficar em isolamento até 15 de maio

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2020 18h34
EFE/EPA/JUSTIN LANE nova york Nova York é o epicentro da covid-19 nos Estados Unidos

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, vai manter as medidas de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus pelo menos até o fim da primeira quinzena de maio. O anúncio foi feito em uma entrevista concedida nesta quinta.

Cuomo considera que o ritmo de contágio vem caindo, mas ainda é cedo para a retomada das atividades social, econômica e educativa do estado. A quinta-feira registrou a terceira taxa de internações mais baixa dos últimos sete dias. Já o número de pacientes que receberam alta médica cresceu pelo terceiro dia consecutivo.

Uma volta a normalidade agora – ou algo próximo a isso, poderia aumentar a velocidade de contágio. Nessa conjuntura, não seria possível acompanhar a expansão do vírus, já que sõ estão sendo testadas as pessoas com sintomas e que estiveram em contato com infectados.

Já na cidade de Nova York, o prefeito Bill de Blasio garantiu que os dados sobre internações, UTIs e testes com resultados positivo, utilisados para avaliar a situação da covid-19 no país, pioraram de maneira generalizada.

Máscaras faciais

A partir das 20h desta sexta-feira, o Estado tornará o uso de máscaras ou lenços para cobrir nariz e boca em transportes públicos será obrigatório. Taxistas e motoristas de aplicativo também precisarão utilizar o equipamento de proteção.

“Estou recebendo mensagens de pessoas que não estão felizes, porque consideram uma instrução pessoal, uma imposição. Mas, é uma medida que pode salvar vidas”, garantiu Cuomo.

Críticas a Trump

Cuomo voltou a criticar o presidente Donald Trump por suas atitudes durante a pandemia. Segundo ele, Trump está “afogando” estados e municípios por não enviar fundos para combater a crise de saúde e econômica.

Em resposta à declaração do presidente, de que a cidade de Nova York estaria “inflando” o número de mortes, depois que 3,7 mil óbitos ocorridos fora de hospitais e asilos entraram na contagem, Cuomo lembrou que a solicitação de inclusão foi feita por autoridades médicas locais.

“Não sei porque Nova York iria querer aumentar a quantidade de mortes. Já é suficiente doloroso para querer inflá-la”, rebateu o governador.

A relação entre o governador e o presidente está tensa desde o início da crise causada pela pandemia. O último desentendimento aconteceu quando o presidente reagiu a uma iniciativa de Cuomo e outros governadores democratas de preparar um plano coordenado de reabertura econômica. O chefe do governo nacional acusou os líderes regionais de se amotinarem; e o mandatário de Nova York disse que Trump acredita ser “o rei” dos Estados Unidos.

* Com EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.