OEA não reconhece eleições na Venezuela e acusa Maduro de consolidar ditadura
Iniciativa foi impulsionada pelo Brasil, pelos Estados Unidos e pela Colômbia, tendo sido aprovada com 21 votos
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução na qual não reconhece o resultado das eleições parlamentares na Venezuela e acusa o presidente Nicolás Maduro de estar consolidando uma ditadura no país através de seu “regime ilegítimo”. O posicionamento foi aprovado nesta quarta-feira, 9, e o texto determina que a organização deve “rechaçar as eleições fraudulentas realizadas pela Venezuela em 6 de dezembro de 2020 e não reconhecer os resultados, por não terem sido livres, nem feitas em conformidade com as condições estabelecidas no direito internacional”. Antes da OEA, a União Europeia já havia rechaçado o resultado do pleito, assim como outros 50 países. Do outro lado, Cuba e Rússia parabenizaram o chavismo pela vitória nas eleições.
A iniciativa foi impulsionada pelo Brasil, pelos Estados Unidos e pela Colômbia, tendo sido aprovada com 21 votos. México e Bolívia foram contra a resolução, enquanto cinco países se abstiveram e outros seis não participaram da votação, que foi feita por vídeo conferência. A OEA já havia estabelecido uma base legal para não reconhecer o pleito em uma resolução aprovada em outubro. O texto dizia que os resultados seriam reconhecidos apenas se os “presos políticos” fossem libertados e se todos os atores políticos participassem. A resolução inclui a palavra “ditadura” e classifica a Assembleia formada no fim de semana como “entidade não democraticamente eleita”. Em um contexto de baixa participação, o chavismo saiu vencedor com larga vantagem diante da iniciativa da oposição, liderada por Juan Guaidó, de boicotar o processo eleitoral.
*Com informações da EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.