OMS confirma início de vacinação contra o ebola no Congo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/05/2018 09h58
Flickr País passa por surto da doença

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta segunda-feira o início da vacinação contra o ebola na República Democrática do Congo (RDC), onde foi registrado um surto desta doença com um total de 46 casos.

“É preocupante que haja casos de ebola em um centro urbano (da RCD), mas agora estamos muito melhor preparados do que em 2014 para fazer frente a este surto”, disse o responsável ao lembrar o início da última epidemia de ebola na África Ocidental, na qual a OMS demorou para reagir e que impactou de maneira muito grave nos países afetados.

Tedros inaugurou hoje a Assembleia Mundial de sua organização, que reúne nesta semana em Genebra ministros e autoridades de saúde de 194 países, a quem exporá os feitos durante seu primeiro ano no cargo e seu plano estratégico para os próximos quatro.

O ministro de Saúde congolês não compareceu nesta primeira jornada da Assembleia porque está participando do lançamento da vacinação contra o ebola, mas está previsto que participe das discussões da OMS no transcurso da semana.

“O melhor que podemos fazer para prevenir futuros surtos epidêmicos é reforçar os sistemas de saúde em todas partes”, enfatizou Tedros.

Tedros afirmou que no âmbito da saúde, “devemos atuar com um sentido de urgência em todo”, incluídas problemáticas como a prevenção de doenças não transmissíveis, da Aids, da malária e dos efeitos da mudança climática sobre as populações.

Tedros explicou que entre as conquistas de seu primeiro ano como diretor-geral figura o desenvolvimento do programa de trabalho da OMS para o período 2019-2023, o que lhe permite contar com uma missão e plano estratégico que irá além de seu mandato.

Além disso, disse que há um “plano de transformação” para que a organização cumpra com seu trabalho de maneira mais eficiente, mas advertiu aos países que as grandes ambições devem se sustentar em orçamentos de acordo com elas.

Tedros explicou que a concorrência interna que se gera para receber os limitados recursos existentes credita ao mesmo tempo divisões internas e não contribui para as metas da OMS.

“Certamente que entendemos que cada dólar que os senhores investem é precioso e deve ser usado para trabalhar tão duro como for possível, e disso justamente se trata o nosso plano de transformação, de nos concentrar nos resultados onde importa mais: nos países”, disse Tedros.

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