ONG que apoiou resgate de mineiros chilenos quer ajudar crianças da Tailândia

  • Por Agência EFE
  • 08/07/2018 09h01
Agência EFE Local está sendo completamente isolado para que as equipes de busca possam começar o trabalho de resgate do grupo

Seis integrantes da ONG chilena Rescate Atacama, famosa pelo seu trabalho para tirar os 33 mineiros da Mina San José que estiveram 70 dias sob a terra, esperam viajar para a Tailândia e colaborar nos trabalhos de resgate dos meninos presos em uma caverna.

Para isso, enviaram um documento formal ao governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, a fim de obter o financiamento para sua viagem, informou neste sábado o jornal “El Diario de Atacama”.

“Estivemos trabalhando uma semana sobre o que está acontecendo e podemos dar uma contribuição na ajuda que se está gerenciando em nível mundial para poder possibilitar o resgate das crianças, que está se tornando realmente dramático”, afirmou o líder de operações subterrâneas da ONG Rescate Atacama, Pedro Riveros.

Neste sentido, indicou que o grupo de resgate estabeleceu contato com o Escritório Nacional de Emergência (Onemi) do Atacama para manifestar sua disposição e disponibilidade imediata para serem transferidos à Tailândia.

As autoridades tailandesas asseguraram hoje que veem “condições favoráveis” para realizar o resgate das 12 crianças e um adulto presos há duas semanas em uma caverna do norte do país.

O grupo – composto por 12 meninos de entre 11 e 16 anos e um adulto de 26 – foi achado na noite de segunda-feira em uma ilha de terreno seco a quatro quilômetros da entrada da caverna e após nove dias de intensa busca na qual participaram mais de 1.300 pessoas.

Visivelmente magros, mas em bom estado anímico e de saúde, os garotos estão sendo atendidos na gruta por uma dezena de militares, entre eles um médico e um psicólogo.

Graças à ingestão de complementos vitamínicos, o grupo recupera pouco a pouco as forças para passar à segunda fase: a saída da caverna situada no parque natural Tham Luang-Khun Nam Nang Impar, na fronteira entre Tailândia e Mianmar.

As autoridades cogitam duas opções para a saída do grupo: mergulhar através das passagens inundadas ou encontrar uma fissura na montanha que sirva como porta de saída alternativa.

Os seis integrantes da ONG trabalharam em 2010 no bem-sucedido resgate dos 33 mineiros, que sobreviveram 70 dias presos a 700 metros de profundidade na região do Atacama, 800 quilômetros ao norte de Santiago.

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