ONG que apoiou resgate de mineiros chilenos quer ajudar crianças da Tailândia
Seis integrantes da ONG chilena Rescate Atacama, famosa pelo seu trabalho para tirar os 33 mineiros da Mina San José que estiveram 70 dias sob a terra, esperam viajar para a Tailândia e colaborar nos trabalhos de resgate dos meninos presos em uma caverna.
Para isso, enviaram um documento formal ao governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, a fim de obter o financiamento para sua viagem, informou neste sábado o jornal “El Diario de Atacama”.
“Estivemos trabalhando uma semana sobre o que está acontecendo e podemos dar uma contribuição na ajuda que se está gerenciando em nível mundial para poder possibilitar o resgate das crianças, que está se tornando realmente dramático”, afirmou o líder de operações subterrâneas da ONG Rescate Atacama, Pedro Riveros.
Neste sentido, indicou que o grupo de resgate estabeleceu contato com o Escritório Nacional de Emergência (Onemi) do Atacama para manifestar sua disposição e disponibilidade imediata para serem transferidos à Tailândia.
As autoridades tailandesas asseguraram hoje que veem “condições favoráveis” para realizar o resgate das 12 crianças e um adulto presos há duas semanas em uma caverna do norte do país.
O grupo – composto por 12 meninos de entre 11 e 16 anos e um adulto de 26 – foi achado na noite de segunda-feira em uma ilha de terreno seco a quatro quilômetros da entrada da caverna e após nove dias de intensa busca na qual participaram mais de 1.300 pessoas.
Visivelmente magros, mas em bom estado anímico e de saúde, os garotos estão sendo atendidos na gruta por uma dezena de militares, entre eles um médico e um psicólogo.
Graças à ingestão de complementos vitamínicos, o grupo recupera pouco a pouco as forças para passar à segunda fase: a saída da caverna situada no parque natural Tham Luang-Khun Nam Nang Impar, na fronteira entre Tailândia e Mianmar.
As autoridades cogitam duas opções para a saída do grupo: mergulhar através das passagens inundadas ou encontrar uma fissura na montanha que sirva como porta de saída alternativa.
Os seis integrantes da ONG trabalharam em 2010 no bem-sucedido resgate dos 33 mineiros, que sobreviveram 70 dias presos a 700 metros de profundidade na região do Atacama, 800 quilômetros ao norte de Santiago.
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