ONU lamenta suspensão de escritório na Venezuela

Governo solicitou saída de 13 funcionários da entidade nas próximas 72 horas

  • Por Adrielle Farias
  • 15/02/2024 22h53
Federico PARRA / AFP Federico PARRA / AFP O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, fala durante entrevista coletiva em resposta às declarações anteriores do Relator Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, Michael Fakhri, na sede do Itamaraty em Caracas, em 15 de fevereiro de 2024

O governo da Venezuela decidiu nesta quinta-feira, 15, pela suspensão do escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos localizado no país. A ONU lamentou a decisão do presidente Nicolás Maduro e afirmou que ainda está avaliando como agir. “Lamentamos esse anúncio e estamos avaliando os próximos passos. Continuamos a nos envolver com as autoridades e outras partes interessadas. Nossos princípios orientadores têm sido e continuarão sendo a promoção e a proteção dos direitos humanos dos venezuelanos “, disse a porta-voz do Escritório, Ravina Shamdasani.

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Ex-chefe do escritório, a chilena Michelle Bachelet havia assinado um acordo em 2019 com o governo da Venezuela para melhorar a cooperação em direitos humanos e para que oficiais da ONU pudessem ter uma presença constante no país. Contudo, o governo argumentou nesta quinta-feira que a ONU “instrumentalizou” seu trabalho contra o Executivo. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, pediu que o “pessoal designado para esse escritório deixe o país nas próximas 72 horas até que retifique publicamente perante a comunidade internacional sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas”. Os 13 funcionários da ONU foram expulsos da sede que operavam em Caracas. A decisão surge um dia após o relator especial da ONU sobre direito à alimentação, Michael Fakhri, alegar que o governo venezuelano o impediu de visitar centros de detenção.

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