ONU relata ‘pesadelo’ no norte da Faixa de Gaza e pede fim imediato da guerra

Em Jabalia, fontes locais disseram que milhares de pessoas ainda estão vivendo na área sem comida e bebida por causa do cerco israelense, e que há dezenas de cadáveres nas ruas

  • 20/10/2024 11h24
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Omar AL-QATTAA/AFP Paramédicos carregam um corpo do local de um ataque israelense 'Cenas horríveis estão se desenrolando no norte da Faixa em meio a conflitos, ataques israelenses implacáveis e uma crise humanitária cada vez pior', disse a ONU

O coordenador da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, alertou neste domingo (20) sobre o cenário de “pesadelo” na Faixa de Gaza após duas semanas de intensos ataques israelenses no norte do enclave, que deixaram “cenas horríveis”. “Cenas horríveis estão se desenrolando no norte da Faixa em meio a conflitos, ataques israelenses implacáveis e uma crise humanitária cada vez pior”, disse o coordenador em comunicado. As palavras de Wennesland foram proferidas após um bombardeio israelense por caças na noite passada a uma rotatória e um complexo residencial em Beit Lahia (norte), que deixou 87 mortos e desaparecidos e pelo menos 40 feridos, de acordo com autoridades de saúde no enclave governado pelo grupo islâmico Hamas.

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Wennesland condenou o ataque, que, segundo descreveu, ocorreu após “semanas de operações intensas que causaram inúmeras mortes de civis e uma falta quase total de ajuda humanitária” no norte da Faixa de Gaza. O porta-voz do militar israelense em árabe, Avichay Adraee, disse neste domingo que pelo menos 5.000 palestinos deixaram o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa, usando rotas especiais, mas mais de 500 pessoas foram mortas no norte desde que Israel redistribuiu as tropas na área.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) alertou neste domingo que as operações israelenses no campo, o maior da Faixa, colocam “dezenas de milhares de pessoas em grave perigo”, ao mesmo tempo em que impedem seu acesso a necessidades básicas, como alimentos e água potável. “As equipes humanitárias e de resgate devem ter acesso sem demora para salvar vidas”, disse a agência nas redes sociais. Em Jabalia, fontes locais disseram que milhares de pessoas ainda estão vivendo na área sem comida e bebida por causa do cerco e que há dezenas de cadáveres nas ruas.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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