Operadora japonesa começa retirada de combustível de reator de Fukushima

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2019 15h27 - Atualizado em 15/04/2019 15h30
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EFE EFE Início de desmantelamento sofreu atraso de 4 anos por causa dos riscos de radiação extrema

A operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, começou a retirar nesta segunda-feira, 15, combustível de um dos três reatores acidentados da unidade. É a primeira vez que se retira combustível nuclear de reatores danificados pelo terremoto e tsunami de 2011.

A data inicialmente prevista pela operadora Tepco para início do desmantelamento sofreu atraso de mais de quatro anos. Isso aconteceu porque a exposição de dispositivos eletrônicos e robóticos poderia aumentar os riscos de radiação extrema aos trabalhadores.

Em particular, a Tepco prevê retirar hoje sete das 566 barras de dióxido de urânio e MOX (uma mistura de urânio e óxido de plutônio) gastas ou não usadas armazenadas em piscinas de refrigeração dentro do prédio da unidade 3, e transferi-las para outras piscinas situadas nas instalações da central de Fukushima Daiichi.

A operadora prevê completar a retirada das barras de combustível da unidade 3 até março de 2021, enquanto nas outras duas unidades danificadas faltam mais mil barras que a Tepco planeja retirar a partir de 2023.

Além destas barras, foi detectada a presença de restos fundidos de combustível atômico no fundo do compartimento de contenção dos reatores 1, 2 e 3, segundo mostraram as imagens captadas por vários aparatos remotos introduzidos pela Tepco.

Estes resíduos altamente radioativos são fruto da fusão parcial das unidades durante a catástrofe nuclear de 2011, e apresentam dificuldades técnicas para sua retirada muitos maiores que as barras de combustível.

Os reatores 1, 2 e 3 sofreram fusões parciais dos seus núcleos após ficarem sem energia elétrica por causa do desastre natural acontecido há quase oito anos.

*Com EFE

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