Oposição repudia comparação de Lula entre ações de Israel e Holocausto
Declarações do presidente provocaram uma crise diplomática com Israel. O primeiro-ministro do país afirmou que convocará o embaixador brasileiro para uma “dura conversa”
Parlamentares da oposição ao governo repudiaram neste domingo, 18, a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre ações militares de Israel na Faixa de Gaza e o extermínio de judeus promovido por Hitler na Alemanha nazista. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), o líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), criticou a fala do chefe do Planalto. “Rasgos de senilidade, maldade deliberada, ignorância histórica e equívoco do ponto de vista da ética, moral e perspectiva geopolítica. O Brasil voltou… padrão PT”, disse.
O líder da Oposição na Câmara, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que Lula envergonha o Brasil e ataca Israel e o povo judeu com a declaração, “É repugnante a capacidade desse crápula de inverter a lógica das coisas para defender o que é errado e atacar o certo”. Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chamou o petista de “desprezível” e antecipou que irá conversar com a bancada evangélica para que reaja “de forma como nunca feito antes”. “Banalizar, comparar e minimizar o holocausto é demonstração de pessoas desprezíveis, despreparadas e ineptas para qualquer gestão, mais ainda a de política.”, afirmou.
Como a Jovem Pan mostrou anteriormente, durante viagem oficial à África, Lula disse que está acontecendo uma guerra entre “soldados altamente preparados contra mulheres e crianças”, assim como aconteceu durante o Holocausto. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, criticou durante passagem por Adis Abeba, na Etiópia. As declarações do presidente brasileiro criaram uma crise diplomática com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que o líder “cruzou a linha vermelha” e convocará o embaixador do Brasil em seu país para uma “dura conversa de repreensão”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.