Na Itália, padre se nega a usar luvas contra Covid-19 em missa e deixa paróquia
O padre italiano Leonardo Ricotta renunciou à sua paróquia, na comuna de Villabate, no sul do Itália, por discordar da obrigação de usar luvas durante a comunhão como uma medida para evitar a propagação do novo coronavírus.
A decisão de deixar a paróquia, a igreja de Sant’Agata, foi estritamente “pessoal”, como confirmou Pino Grasso, porta-voz da arquidiocese de Palermo.
Nos próximos dias, segundo um comunicado, a Arquidiocese nomeará um administrador enquanto aguarda a escolha do sucessor de Ricotta para liderar a paróquia de Villabate.
Desde a última segunda-feira, e após mais de dois meses de suspensão, são permitidas missas na Itália, embora com uma série de medidas de segurança acordadas entre o governo e a Conferência Episcopal.
Entre essas disposições, destaca-se que, durante o rito da comunhão, o sacerdote deve usar luvas descartáveis, além de uma máscara que cubra a boca e o nariz, e deve dar a hóstia sem entrar em contato com as mãos dos fiéis.
A Arquidiocese de Palermo emitiu uma declaração para explicar que a renúncia de Ricotta entrou em vigor ontem, e que ele não foi expulso pelo arcebispo monsenhor Corrado Lorefice.
O padre não concordava em usar as luvas e entregar as hóstias nas mãos dos fiéis, embora a Arquidiocese de Palermo lembrasse que fazê-lo na mão e não na boca respeita as normas da Congregação para o Culto Divino do Vaticano.
“Portanto, convicções pessoais apresentadas por indivíduos como doutrina autêntica não podem ser impostas aos fiéis”, conclui a nota do bispo de Palermo.
*Com informações da Agência EFE
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