Pais do bebê Charlie acreditam que juiz autorizará tratamento experimental

  • Por Agência EFE
  • 13/07/2017 11h36 - Atualizado em 13/07/2017 11h39
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O magistrado, que em abril pediu que fossem desligados os aparelhos que mantêm o bebê com vida, deverá decidir desta vez se muda de opinião e autoriza o pedido dos pais, Connie Yates e Chris Gard, para que Charlie seja submetido a um novo tratamento que poderia possivelmente melhorar o seu estado de saúde

Os pais do bebê de 11 meses Charlie Gard, portador de uma doença congênita terminal, disseram nesta quinta-feira que acreditam que o juiz do Superior Tribunal de Londres autorizará que a criança receba um tratamento experimental nos EUA.

O juiz Nicholas Francis, da Divisão de Família do Superior Tribunal de Londres, atende hoje o caso do pequeno, que é portador da síndrome de miopatia mitocondrial, uma síndrome genética raríssima e incurável que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais.

O magistrado, que em abril pediu que fossem desligados os aparelhos que mantêm o bebê com vida, deverá decidir desta vez se muda de opinião e autoriza o pedido dos pais, Connie Yates e Chris Gard, para que Charlie seja submetido a um novo tratamento que poderia possivelmente melhorar o seu estado de saúde.

Através de seu porta-voz, Alistair Marsden, os pais admitiram nesta quinta-feira que acreditam que o juiz decida a favor da “vida do nosso filho ao dar a permissão para buscar um tratamento alternativo com especialistas especializados no síndrome que afeta Charlie”.

Os médicos que atendem Charlie no hospital de meninos Great Ormond, de Londres, querem desligar os aparelhos que mantêm o bebê vivo para que este tenha uma morte digna pois acreditam que não tem possibilidades de melhorar.

No entanto, os pais iniciaram nos últimos meses uma intensa campanha para impedir isso e conseguiram expressões de apoio do Papa Francisco e do presidente dos EUA, Donald Trump.

Na audiência de hoje, que se prolongará todo o dia, o juiz Francis admitiu que é pouco provável que hoje chegue a uma “determinação final” sobre o caso.

Segundo a família de Charlie, sete investigadores e médicos estrangeiros asseguram que este tratamento experimental, do que ainda não se conhecem detalhes, poderia ajudar ao pequeno.

A situação de Gard gerou um grande interesse midiático após as intervenções do Papa e de Trump.

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