Maduro toma posse na Venezuela; OEA declara que governo é ilegítimo
A OEA, Organização dos Estados Americanos, publicou nesta quinta-feira (10) uma declaração conjunta, assinada pelos países integrantes, em que afirma que não reconhece o novo mandato de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. O ditador tomou posse nesta quinta – em meio a denúncias de fraudes nas eleições e violações aos direitos humanos – e deve permanecer no poder até 2025.
A decisão foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA. O encontro tinha como único objetivo discutir as implicações da posse de Maduro e da crise venezuelana. “Saudamos o compromisso dos países das Américas reconhecendo como ilegítimo o regime de Maduro. O povo da Venezuela não está sozinho, seguimos trabalhando para recuperar a democracia, os direitos e as liberdades de todos”, escreveu no Twitter o secretário-geral da organização, Luís Almagro, fazendo referência ao regime ditatorial.
Saludamos el compromiso de los países de las Américas desconociendo al ilegítimo régimen de @NicolasMaduro. El pueblo de #Venezuela no está solo, seguimos trabajando xa recuperar la democracia, los derechos y libertades de tod@s #OEAconVzla https://t.co/5h4QdPz0r5
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) January 10, 2019
O não reconhecimento do mandato de Maduro foi decido em votação, tendo sido aprovado com 19 votos. A declaração foi rejeitada somente por seis estados-membro e contou com oito abstenções e uma representação ausente. O Brasil votou a favor da medida.
Maduro foi eleito sob acusação de fraudes. Cerca de 60% dos eleitores não compareceram às urnas em 2018. A Assembleia Nacional da Venezuela, que é comandada pela oposição, também não reconhece o governo.
Não fossem essas sucessivas eleições fraudadas, um regime que prende opositores e a conivência de vizinhos bolivarianos, o chavismo já teria sido riscado há tempos – antes de empurrar sua população ao abismo.
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